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Praga (Final)

Praga

(Parte 07 de 07)

O hotel onde eles estavam era perto da entrada da cidade, por isso era o lugar mais próximo para onde eles poderiam ir.

— Você tem certeza que não quer ir para um hospital Jay? Sabe lá o que isso fez com você — sugeriu Daniel desligando o motor.

— Relaxe, eu já estou bem — respondeu Jared saindo do carro.

— Vou até a recepção pegar a chave do quarto — Anna avisou depois que desceu.

— Algum problema se eu te esperar perto da porta do quarto? — Jared perguntou.

— Nenhum — Anna sorriu para ele se afastando.

Lucy Anne descia do SUV quando o som de pneus derrapando tomou conta do estacionamento. Depois se ouviu a porta de um carro sendo batida. Ela contornou o carro e ficou ao lado de Daniel que acabara de sair e estava fechando a porta.

Praga (Parte 6)

Praga

(Parte 06 de 07)

Quando o carro saiu da cidade e ingressou em uma área mais rural, as casas deram lugar a extensos e verdes campos, mas a paisagem estava longe de ser bonita. Bois, porcos e outros animais de fazenda estavam caídos por toda pastagem com enormes feridas vermelhas sobre seus corpos. Alguns fazendeiros andavam por entre os animais sem entender o que estava acontecendo.

Anna abriu o porta-luvas e tirou lá de dentro uma caneta e um bloco de folhas brancas. Ela escreveu uma lista de palavras. Jared tentava ver do que se tratava enquanto dirigia. Quando terminou, Anna se colocou de lado no banco para poder olhar também para Daniel e Lucy no banco de trás.

— Água em sangue, sapos, piolhos, moscas, peste no gado, úlceras nos homens, pedras caindo dos céus, gafanhotos, escuridão e a morte dos primogênitos — essas são as pragas que caíram sobre o Egito. Se tudo continuar como está irão cair aqui também.

Praga (Parte 5)

(Capítulo Anterior - Parte 4)

Praga

(Parte 05 de 07)

— Parece que nós ficamos sem quarto essa noite... — Jared comentou quando chegaram de volta ao hotel depois de saírem do pub.

— Eu é que não vou entrar para atrapalhar — Anna sorriu. — Você está com a chave do carro.

Jared verificou nos bolsos — estamos com sorte. — Ele tirou o alarme da SUV. Anna abriu a porta do lado do carona, e entrou. Jared entrou do lado do motorista.

Eles chegaram os bancos para trás para ter espaço para as pernas e deixaram os vidros fechados por causa do frio.

Jared ligou o rádio. Um rock dos clássicos começou a tocar em volume baixo.

Depois de um tempo ele quebrou o silêncio — acho que eu te devo uma explicação, não é?

— Sobre o que?

— Meu comportamento em relação ao Daniel com a Lucy.

Anna se virou no banco para ficar de frente para Jared. Ele tirou o blazer e jogou no banco de trás. Depois também se recostou de frente para Anna.

Praga (Parte 4)

(Capítulo Anterior - Parte 3)

Praga

(Parte 04 de 07)

No horário marcado, Lucy Anne bateu à porta do quarto onde os três estavam. Ela usava um vestido xadrez vermelho e preto, um casaco de couro por cima do vestido e scarpins pretos. Como Anna e os irmãos já estavam prontos, eles foram para o lugar combinado. Decidiram ir andando, pois o pub era bem perto e a noite estava agradabilíssima.

— A Anna e o Jared te contaram sobre o que encontraram na biblioteca? — ela perguntou para Daniel, que seguia ao seu lado usando uma malha azul com uma camisa social branca por baixo combinando com calças jeans e tênis.

— Não. Eles mencionaram, mas eu quis esperar pra vermos juntos — ele respondeu sorrindo para Lucy e a abraçando.

Anna percebeu Jared enrijecer o punho dentro do bolso do casaco de lã que usava sobre uma camisa azul com listras brancas. Ela se aproximou dele e entrelaçou o braço dela com o do amigo. Jared relaxou um pouco.

Praga (Parte 3)

(Capítulo Anterior - Parte 2)

Praga

(Parte 03 de 07)

Jared, que usava uma camisa branca de malha e um bermudão cinza, tentava inutilmente se ajeitar na pequena cama. Além de muito pequena, eles descobriram que suas molas enferrujadas também rangiam. Assim, cada vez que ele se virava era uma sinfonia de molas gemendo.

— Jared, — Anna o chamou afastando o lençol que eles tinham ajeitado entre as camas para dividir o quarto. — Jared! — ela falou mais alto. — Por tudo que é mais sagrado... Não dá pra dormir com o barulho dessa caminha de molas!

Jared parou e olhou para Anna na penumbra. Ela usava uma camisola rosa de com um personagem de desenho animado estampado na frente e mangas curtas com um shortinho por baixo.

— Sobe pra cá. Podemos dividir a cama de casal. Mas traga seu travesseiro e cobertor. Não vamos dividir isso.

Praga (Parte 2)

(Capítulo Anterior - Parte 1)

Praga

(Parte 02 de 07)

Não chegou a levar o tempo todo que Jared havia imaginado. Com o trânsito bem livre, duas horas e trinta minutos depois de terem saído, eles chegaram à Ancient Meadows. Era uma cidade pequena, aparentemente pacata. Muito provavelmente se não fosse a universidade, a cidade se resumiria a poucas casas e vário moradores espalhados pelas propriedades rurais.

— Por onde começamos?

— Vou parar o carro e ligar para meu irmão.

Anna ficou observando a cidade pela janela enquanto Jared falava com o irmão.

— Ele me explicou como chegar ao hotel onde ele está.

Jared dirigiu para lá.

— Daniel! — ele anunciou descendo do carro após estacioná-lo e indo abraçar o irmão que o esperava.

— Jared — Daniel retribuiu o abraço.

— Essa é Anna. Trabalha com a gente no café. Ela veio ajudar.

Anna e Daniel trocaram um aperto de mãos.

Praga (Parte 1)

Atualização (01/06/2022): Mais uma história que começou como fanfic (da série Sobrenatural) e eu resolvi transformar em autoral para poder publicar aqui no blog. Agora, Praga (ainda não tenho certeza se vou manter esse nome), vai passar por mais uma modificação.

Os personagens presentes nela estão também no conto: Escuridão, e fazem parte do meu projeto de ambientar várias das minhas histórias no Brasil (para isso nomes de pessoas e lugares irão mudar, assim como a descrição de ambientes e eventos).

Escuridão já completa e disponível de graça está no Wattpad (comece a ler) e, assim que eu revisar essa história, pretendo publicar por lá também e quem sabe em outras plataformas. Já passou da hora das minhas histórias autorais ganharem o mundo!

No entanto, para conseguir analisar a evolução da minha escrita, decidi manter as versões originais aqui no blog enquanto publicarei as revisadas em outras plataformas.

Aqui, para sempre

Velórios são sempre eventos muito tristes, e Bárbara não discordava disso. Havia ouvido certa vez que eles ajudavam a lidar com a dor de sua perda, então ela não se opunha a comparecer e respeitava a decisão das pessoas de passar uma noite inteira ao lado do caixão. No entanto, isso a incomodava. A atmosfera, como já era de se esperar, era ruim.

A pessoa que havia morrido era um senhor amigo da família de Bárbara. Todos estavam com muita pena da viúva, pois ela morava sozinha. Seus filhos queriam que ela fosse morar com um deles e pareciam estar conseguindo convencê-la.

O único detalhe que faltava para que ela concordasse era o fato de que a velha senhora não queria deixar sua casa sozinha. Foi essa a oportunidade que Bárbara precisava. Ela estava para começar o curso na universidade e ainda não tinha onde morar. Agora esse problema estava resolvido.

Depois de passar um tempo no velório, Bárbara e sua família foram embora. Apesar de estar feliz com a moradia garantida ela se sentiu um pouco triste ao ver uma menina de vestido vermelho do lado de fora da sala onde estava o caixão. Na área comum entre as capelas do cemitério. Provavelmente da família. Ela não sabia quem era, mas pela tristeza em seu rosto ela parecia ser bem próxima a eles.

(...)
Uma semana depois, Bárbara foi ajudar Mirtes, a viúva de Antônio, a retirar seus pertences pessoais de sua casa que agora oficialmente estava sendo alugada, bem abaixo do preço de mercado, para Bárbara e uma amiga.

— Você está lembrando o nosso acordo, não está? — perguntou Mirtes.

— Sim. Tem uma amiga que também vai começar a estudar esse semestre e vai morar comigo.

Bárbara não havia entendido o porquê dessa exigência, mas como o preço estabelecido para o aluguel era muito barato, ela não viu porque não aceitar.

— Então não se esqueça. Nunca fique sozinha nessa casa — pediu Mirtes. — Nem você, nem sua amiga.

— Tudo bem, pode deixar. — Bárbara achou aquilo estranho e quase chegou a ficar com medo. Mas por fim se convenceu que devia ser só algo da cabeça de Mirtes com medo da solidão.

(...)
Mônica, amiga com quem Bárbara dividiria o apartamento, concordou que aquilo deveria ser algo sem importância, mas percebeu que de alguma forma a recomendação de Mirtes havia afetado Bárbara, pois ela resolvera se empenhar em seguir a instrução.

— Você vai chegar cedo hoje, Mônica?

— Chego às 7 da noite, como sempre Bárbara.

— Okay. Eu vou sair às 5 horas da faculdade, mas faço uma horinha na rua antes de voltar pra casa.

— Bárbara. Porque você não vai fazer uma visitinha pra dona Mirtes. Aproveita e pergunta a ela porque ela fez essa recomendação estranha sobre a casa. Não deve ser nada e você está se preocupando à toa.

— Eu não estou preocupada com isso...

Mônica olhou para Bárbara com olhar de deboche perante a afirmação.

— Okay. Ela falou com tanta propriedade. Fiquei meio incomodada com a ideia do que poderia acontecer caso uma de nós fique sozinha aqui — admitiu Bárbara.

— Então vá conversar com ela — insistiu Mônica. — Ela está morando aqui perto, não está?

— Está sim. Vou fazer isso então.

As duas garotas terminaram de se arrumar e seguiram para a faculdade.

(...)
Bárbara desceu do ônibus alguns pontos antes de casa e seguiu a pé até a casa onde Mirtes estava morando com o filho mais velho, sua nora e dois netos. Ainda perto do ponto, ela teve a impressão de ter visto a mesma menina de vestido vermelho que havia visto no cemitério algumas semanas antes.

Ela deve ter vindo visitar a dona Mirtes — pensou.

A jovem seguiu por dois quarteirões e logo chegou à pequena casinha com um jardim muito florido à frente. Mirtes ficou feliz ao vê-la.

A senhora preparou um café para as duas que elas degustaram enquanto conversavam na cozinha.

— Dona Mirtes...

— Apenas Mirtes, Bárbara.

— Desculpe-me — ela sorriu. — Mirtes, porque você me recomendou que de forma alguma nem eu nem minha amiga ficássemos sozinhas na casa?

— Venha comigo — chamou a senhora. — Vou te mostrar uma coisa.

As duas foram para o quarto de Mirtes, onde ela pegou uma caixinha de madeira com um lindo trabalho artesanal floral por toda a superfície.

— Eu e meu marido convivíamos com isso há algum tempo. Ele achou que seria melhor que ficássemos na casa do que vendê-la a alguém que não levasse a história a sério. Uma vez eu corri grande perigo lá dentro, e se não fosse ele arrombar a porta, hoje eu não estaria aqui conversando com você. Agora, com a morte dele, eu tive que sair de lá. Não conseguiria alguém para morar comigo e ficar em casa o tempo todo.

Mirtes abriu a caixinha. Havia muitas coisas miúdas e vários papéis dentro dela. Ela tirou uma fotografia antiga colorida à tinta como uma pintura em tela.

— Você já viu essa menina? — Mirtes entregou a fotografia a Bárbara.

A garota na foto além de ser familiar, vestia o mesmo vestido vermelho que Bárbara já havia visto — é sua neta?

Mirtes pegou a foto de volta.

— Minha irmã gêmea — ela respondeu.

— Mas... — Bárbara não estava entendendo como poderia estar vendo a irmã gêmea de Mirtes com aquela aparência.

— O fato de você já tê-la visto mostra que eu não perdi a sanidade.

— Eu não pensei isso...

— Sei que não, minha querida. Mas muita gente já pensou. Antônio era o único que acreditava em mim. Ele também a viu uma vez.

— Porque nós a vemos?

— Quando éramos crianças, em 1932, Marta ficou muito doente. Os médicos não conseguiam curá-la e ela estava enfraquecendo dia a dia. Ela ficava o dia todo no quarto e não podia sair para brincar. Eu ficava com ela no quarto, mas com o tempo ela ficou fraca demais até para nossas brincadeiras. Uma manhã, ela apareceu na sala onde tomávamos café usando seu vestido vermelho preferido, brincando com sua boneca de pano. Eu e mamãe ficamos muito animadas e ela pediu para chamar o médico para que ele pudesse diagnosticar a cura e assim voltarmos à nossa vida normal.

Bárbara ouvia a história com atenção.

— Mamãe resolveu ir para o quintal colher acerolas para preparar um para nós e eu corri até a loja onde papai trabalhava, quase do lado da nossa casa para dar a notícia e ele veio comigo muito feliz para ver minha irmã. O que encontramos ao chegarmos, no entanto, nos tirou toda a alegria.

Rosa, que havia ido falar com o médico estava caída no chão da sala. Morta. Mamãe pensou se tratar de um assalto e correu para procurar minha irmã. Ela estava de volta no quarto, desmaiada sobre a cama e ficou inconsciente por uns dias até morrer.

— Nossa, Mirtes. Que terrível. Nem imagino como isso tudo deve ter sido para você.

— Ainda me lembro de Rosa caída perto da porta da sala. Foi meu pai quem me tirou de lá.

— A polícia descobriu o que aconteceu?

— Nem chegou perto de descobrir. E essa não foi a única morte que aconteceu na casa. Uma amiga da minha mãe que havia ficado viúva e não tinha filhos foi morar com a gente. Durante um verão, fui com meus pais visitar a fazenda dos meus avós, e essa amiga ficou na casa. Quando chegamos, ela estava morta. No mesmo lugar onde Rosa estava.

Bárbara engoliu seco — vocês mudaram da casa?

— Nunca conseguimos. Aquela época histórias assim assustavam muito. Ninguém queria comprar a casa e mesmo nós tínhamos medo de ficar lá sozinhos. Mas não tínhamos para onde ir. Esse medo acabou nos ajudando a sobreviver. Nunca nenhum de nós ficou sozinho na casa e quando me casei, fui morar lá com meu marido e filhos. Sempre tendo o cuidado de não deixar ninguém sozinho na casa. Mesmo assim, um dia enquanto Antônio cuidava do jardim e eu entrei em casa para preparar uma limonada, uma rajada de vento fechou a porta. E eu a vi. Com o mesmo vestido vermelho e a boneca de pano. Ela foi se aproximando de mim e eu senti meu coração batendo cada vez mais forte. Eu gritei e antes que Marta se aproximasse mais, Antônio arrombou a porta e entrou em casa. Nesse dia ele a viu também. Mas ela não pode mais fazer nada. Ela desapareceu no ar.

— Eu a vi no cemitério. E aqui perto, antes de vir para cá.

— Acho que nós a vemos porque ela nunca saiu da casa. E agora você também está ligada a aquela casa. Você e sua amiga. Alguma coisa trouxe a saúde da minha irmã de volta por um curto período e levou de volta a um alto preço.

Agora Bárbara estava definitivamente assustada.

— Fique tranquila, meu bem. Contanto que você não fique sozinha em casa, não há o que temer. — Mirtes tentou tranquilizá-la.

Um pequeno relógio sobre a penteadeira de Mirtes começou a badalar.

— Me esqueci da hora! — Bárbara se levantou. — Mônica está para chegar em casa!

— Corra! Não pode deixá-la ficar sozinha lá! — Agora Mirtes também estava um pouco assustada. Iria se sentir culpada se algo acontecesse às meninas. Arrependeu-se por não ter contado toda a história antes. Mas geralmente ninguém acredita.

Bárbara correu. O mais rápido que podia. Ignorou alguns sinais de trânsito, ouviu alguns insultos de motoristas que precisaram frear para não a atropelar e chegou quase sem fôlego a casa.

A porta da frente estava entreaberta. Seu coração disparou.

— Mônica! — chamou ela. Barbara atravessou o portão e se aproximou da entrada — MÔNICA! — gritou.

Bárbara empurrou de leve a porta.

— Que gritaria é essa? — perguntou Mônica, vindo lá de dentro.

— Falei pra não ficar sozinha na casa — repreendeu Bárbara.

— O que você tem? Parece que viu fantasma.

— Vamos conversar. Vou te contar o que a Mirtes me contou, mas em outro lugar — pediu ela.

— Tudo bem, se acalma. Deixa só colocar o lixo para fora de uma vez. Falta pegar o lixo do banheiro.

— Okay. — Bárbara sentou no primeiro degrau de frente para a porta.

Uma rajada de vento frio bagunçou seus cabelos.

— Não Mônica! Espera! — Bárbara se levantou e correu em direção à porta.

Ela ouviu a risada de uma criança e a porta da frente bateu antes que ela conseguisse chegar até ela.

— MÔNICA! — gritava ela enquanto girava em vão a maçaneta. — Mônica! — Bárbara começou a esmurrar e a chutar a porta.

Ela ouviu o grito da amiga e ouviu a criança rindo novamente.

— Não! — Bárbara começou a chorar. — Fica longe dela! — Ela continuou esmurrando a porta e foi escorregando até cair sentada aos pés da porta. — Mônica... — sussurrou ela.

Os gritos dela chamaram a atenção de pessoas que passavam pela rua e alguns homens tentaram ajudar. Eles afastaram Bárbara da porta e a arrombaram. Lá dentro, ela viu a menina de vestido vermelho. Ela segurava uma boneca de pano. Caída ao seu lado. Mônica não se mexia.

Os homens passaram por Bárbara e entraram na casa. Eles tentavam reanimar Mônica, mas nada surtia efeito. Eles ignoravam a criança por completo.

A menina realmente não parecia ter a intenção de abandonar a casa.

E Bárbara também não tinha a intenção de voltar a morar ali.

Destination Unknown (Final)

Essa é a continuação do conto. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante! Para quem não leu: (Parte - 03)

Destination Unknown
(Parte 04 de 04)

O hotel que o policial indicou para os dois ficava a uns 20 minutos do Hotel Magnólia. Era uma instalação típica de hospedagem em estradas americanas. Os homens deixaram o casal na recepção e foram embora.

Benjamin pegou sua carteira, tirou seu cartão de crédito e o mostrou para a atendente. Ela registrou um quarto de casal no nome dele e entregou uma chave com uma plaquinha com o número do quarto. Os dois saíram da recepção e seguiram para o lá. Benjamin abriu a porta e os dois entraram. O quarto era simples e aconchegante. Tinha apenas uma cama de casal, uma penteadeira com uma pequena televisão em cima e um banheiro. Ele colocou a bagagem no chão e fechou a porta.

— Aconteceu o que eu realmente acho que aconteceu? — Victoria perguntou sentando na beirada da cama e acendendo a luz de uma luminária que havia fixada à cabeceira.

— Acho que sim — Benjamin respondeu sentando ao lado dela. Ele pegou as pernas da esposa e colocou sobre seu colo. A meia-calça que ela usava, parecia uma rede de tantos buracos.

— Me lembre de nunca mais subir em uma árvore usando meia-calça — ela pediu sorrindo.

— Você se arranhou bastante — ele comentou enquanto tirava as sapatilhas dela.

— Foi quando a ventania começou. Escorreguei alguns centímetros até conseguir me segurar — ela respondeu.

— Não pude deixar de pensar em uma coisa — Benjamin comentou.

Destination Unknown (Parte 03)

Essa é a continuação do conto. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante! Para quem não leu: (Parte - 02)

Destination Unknown
(Parte 03 de 04)

Depois que terminaram o jantar, eles ainda se serviram de sobremesa. Não foi mais fácil escolher o que queriam entre as opções do que havia sido no jantar. Havia frutas em calda quente, três tipos de bolo, um pudim apetitoso e um pavê de chocolate de dar água na boca. Depois de saborearem mais de uma dessas delicias os dois se retiraram do salão de jantar e foram para a sala que ficava logo ao lado da recepção.

— Essa é a foto de que eu te falei — Benjamin disse parando em frente a uma poltrona rústica e olhando para o painel que ficava por cima dela e devia ter pelo menos uns 30 cm de altura por 50 cm de largura. Nela estava o salão de jantar do hotel e muitas pessoas estavam de pé no que parecia ser um baile. As roupas que elas usavam eram sem dúvida da década de 50 e o salão era o mesmo, nos móveis e na decoração.

— Realmente parece coisa antiga. Esse hotel não é nada novo.

— Também achei, mas é um bom lugar.

— É verdade — Victoria concordou. Ela continuou olhando outras fotos menores tão antigas quanto aquela, enquanto Benjamin olhava os outros objetos antigos que faziam parte da decoração da sala — Ben, — Victoria chamou. — Vem ver uma coisa.

Enquanto Benjamin atravessava a sala indo ao encontro da esposa, a porta principal do hotel na recepção foi aberta de súbito e por ela entraram cinco homens fortemente armados e encapuzados que surpreenderam Eva atrás do balcão da recepção.

Destination Unknown (Parte 02)

Essa é a continuação do conto. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante! Para quem não leu o começo: (Parte - 01).

Destination Unknown

(Parte 02 de 04)



— Quantas horas Ben? — Victoria perguntou envolta pelos braços do marido.

— Sete e meia, por quê?

— Fome — Victoria respondeu beijando o rosto de Benjamin.

Benjamin deu um sorriso irônico — também fico com fome depois de praticar exercício.

Victoria sorriu sem graça de volta para ele. Benjamin segurou as maçãs do rosto dela e beijou suavemente seus lábios.

— O que a gente faz com a colcha da cama? — Victoria perguntou olhando para o tecido molhado que eles haviam jogado no chão para se deitarem sobre os lençóis secos.

— Deve ter alguma camareira que leve ele pra secar. Até lá podemos deixa-la estendida na janela.

— É o jeito — Victoria concordou com um pequeno sorriso.

— Que horas você quer descer pra jantar? — Benjamin perguntou.

— Deve ter um horário fixo.

Benjamin se virou para a mesinha de cabeceira que havia ao lado da cama e abriu a primeira gaveta procurando por algum folheto com informações, mas não encontrou nada.

Destination Unknown (Parte 01)

Atualização (31/05/2022): Essa é a versão original de Destination Unknown (nem me perguntem o porquê do titulo em inglês. Acho que foi inspiração em uma música...). Na verdade, é apenas o começo da história que ficou bem maior depois que eu participei do NaNoWriMo e transformei ela em um romance. Pretendo publicar na íntegra um dia, com todos os ajustes necessários (são muitos!) e com um título diferente (em português, né... please! 😅). Essa versão será mantida aqui no blog como registro da evolução na minha escrita.


Sinopse: Um casal em lua de mel busca apenas paz e tranquilidade para aproveitar o momento, mas não é bem o que eles encontram ao se hospedar em um hotel com um passado obscuro.
 

Destination Unknown

(Parte 01 de 04)
 

A cerimônia de casamento havia durado exatamente uma hora, mas o que Benjamin e Victoria não esperavam era que seus amigos tivessem preparado uma pequena recepção surpresa para os dois. Eles queriam um casamento simples e com os cumprimentos na igreja, mas não tiveram como escapar da festa surpresa de casamento.

Com algumas horas de atraso, finalmente os dois haviam conseguido sair da festa e se dirigiram para o hotel onde haviam feito reservas para a lua de mel. Victoria, que estava sentada no banco do carona, escolhia um CD para tocar. Por fim pegou um que ela havia gravado com músicas de vários artistas e colocou para tocar. A primeira faixa era Hotel California do grupo The Eagles.

Escuridão (Final)

Essa é a continuação do conto que postei ontem. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante!

Para quem não leu: (Parte - 02)
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Escuridão
(Parte 03 de 03)

Quando Anna recobrou os sentidos percebeu que não conseguia se mexer. Ela estava deitada em um corredor estreito de uma casa com paredes e chão de madeira e tinha as mãos e pés amarrados. Jared estava a uma pequena distância que ela venceu se arrastando e o alívio foi grande ao perceber que o amigo estava vivo, porém seu estado havia piorado. Ele estava muito mais quente e transpirava bastante. Uma porta se abriu e passos foram ouvidos ficando cada vez mais perto. O homem que estava segurando Jared pelo pescoço estava de volta.

— Charles, — arriscou Anna que se lembrava do nome masculino pronunciado pela mulher. — Porque vocês estão fazendo isso com a gente?

— Nada pessoal, — ele respondeu a erguendo do chão.

— Então porque não nos deixa ir? — a dor foi quase sufocante quando o homem a jogou sobre um dos ombros e saiu andando. O desespero tomou conta de Anna ao ver Jared cada vez mais longe dela ainda caído no chão.

Escuridão (Parte 02)

Essa é a continuação do conto que postei ontem. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante!!

Para quem não leu: (Parte - 01)
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(Parte 02 de 03)

Já era de madrugada quando Anna acordou assustada com um barulho. Ela abriu os olhos, mas não conseguia enxergar nada, pois as velas haviam se queimado completamente e o quarto estava imerso na mais densa escuridão. Seu coração começou a bater mais forte.

— Jay — ela chamou aflita.

Escuridão (Parte 01)

Atualização (22/05/2022): Essa é a versão original de uma história que já passou por algumas alterações e está publicada no Wattpad: Escuridão. Dentre as modificações mais marcantes está a edição dessa história com personagens brasileiros e a mudança do cenário onde a trama acontece para o interior de Minas Gerais. Outra mudança foi também o nome dos personagens principais para Annabelle (Anna) e Felipe (Jared). No mais, mantive a essência dessa minha primeira tentativa de escrever uma história de terror.

Essa nova versão já está revisada e completa no Wattpad. Fiquem a vontade para escolher ler essa aqui do blog (antiga) ou a que está lá, com os personagens mineiros por quem me apaixonei!

Sinopse nova: Você acredita em lendas? E se uma maldição colocasse sua vida em risco? Annabelle e Felipe, fãs de filmes de terror, jamais imaginaram vivenciar aquilo que assistiam apenas nas telas. O que começou como uma curta viagem de final de semana nas proximidades da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais; foi drasticamente interrompido por uma tempestade, obrigando os dois amigos a se hospedarem num hotel isolado. Aos poucos, no entanto, a estrada parecia cada vez mais segura do que aquele lugar de atmosfera sombria. Quando uma ameaça sobrenatural aparece, em quem eles confiarão mais: na razão ou na emoção? A amizade deles será suficiente para poupá-los do destino mortal? Venha acompanhar essa aventura, e não se esqueça de apagar a luz! Estejam avisados.