Praga
Quando o carro saiu da cidade e ingressou em uma área mais rural, as casas deram lugar a extensos e verdes campos, mas a paisagem estava longe de ser bonita. Bois, porcos e outros animais de fazenda estavam caídos por toda pastagem com enormes feridas vermelhas sobre seus corpos. Alguns fazendeiros andavam por entre os animais sem entender o que estava acontecendo.
Anna abriu o porta-luvas e tirou lá de dentro uma caneta e um bloco de folhas brancas. Ela escreveu uma lista de palavras. Jared tentava ver do que se tratava enquanto dirigia. Quando terminou, Anna se colocou de lado no banco para poder olhar também para Daniel e Lucy no banco de trás.
— Água em sangue, sapos, piolhos, moscas, peste no gado, úlceras nos homens, pedras caindo dos céus, gafanhotos, escuridão e a morte dos primogênitos — essas são as pragas que caíram sobre o Egito. Se tudo continuar como está irão cair aqui também.
— Como você sabe isso de cor? — quis saber Jared.
— Colégio católico — ela respondeu sorrindo e olhando para ele que sorriu em resposta.
— Será que essas úlceras nos atingirão também?
— Não sei Lucy, melhor tomarmos cuidado — Anna ponderou.
— A entrada da fazenda é essa logo à frente, Jared — Lucy Anne indicou.
Ele seguiu o caminho indicado. Não era possível ver a casa da fazenda da entrada. Eles seguiram por uma estrada sem asfalto ladeada por pastos não tão verdes quanto o das outras fazendas. À medida que avançavam eles notaram um espesso nevoeiro tomando conta da paisagem. O caminho levava diretamente através da espessa camada e Jared reduziu a velocidade para dirigir por ela. Aos poucos o nevoeiro entrou pelas janelas abertas do carro.
— Tem alguma coisa errada com esse nevoeiro — disse Lucy Anne enquanto coçava uma das pernas.
Os outros já tinham percebido algo estranho. As partes expostas do corpo coçavam intensamente e em algumas, pequenas feridas começavam a surgir.
— Fechem as janelas! — pediu Daniel com urgência fechando o vidro da janela perto dele. Lucy também fechou o vidro da janela perto dela. Anna acionou os botões que fechavam os vidros do lado dela e o de Jared. Ele acelerou o carro e depois de alguns metros o nevoeiro começou a se dispersar. Aparentemente estava se dirigindo à cidade.
Quando finalmente se livraram dele por completo, Jared parou o carro.
— Que droga! — Anna olhava para os braços com várias feridas. Daniel também estava com algumas nos braços e pescoço, Jared tinha pequenas manchas vermelhas nos braços e no rosto, mas era Lucy Anne quem estava pior. Como estava usando um vestido, suas pernas, braços, pescoço e rosto, estavam machucados.
— Nos atingiram... — os três olharam para Anna. — As úlceras — ela continuou.
Ninguém fez nenhum comentário. Estavam muito assustados com a constatação que as coisas estavam ficando cada vez mais perigosas.
Uma enorme gota d’água caiu sobre o para-brisa do carro. Os quatro olharam para o céu. Mais gotas caíram. Apesar de o céu estar claro, uma tempestade parecia se aproximar. Um barulho de algo muito pesado se chocou contra o teto do veículo. Jared ligou o carro pronto para continuar. Cada vez a chuva ficava mais forte, e mais objetos pesados batiam contra a lataria do carro. Eles descobriram que os objetos eram pedras de gelo quando uma delas caiu sobre o para-brisa fazendo-o trincar.
Com o limpador ligado em potência máxima, Jared tentava enxergar em meio a toda aquela confusão e quando avistou o que parecia ser um celeiro dirigiu direto para lá. O carro atravessou a porta de madeira já velha quebrando-a em vários pedaços e bateu em uma pilha de feno que terminou por amortecer o impacto.
— Estão todos bem? — ele perguntou.
Daniel e as garotas acenaram positivamente com a cabeça. Ele ligou o carro e o afastou da pilha de feno antes de desligá-lo novamente.
Jared saiu do carro e foi seguido pelos outros. Os quatro se puseram perto da porta do celeiro olhando a forte chuva que caía. Apesar da idade da construção e da quantidade de pedras que caíam, o telhado continuava firme. Os campos aos poucos assumiam uma superfície branca com tanto gelo.
— Coça demais — as feridas de Lucy Anne estavam ficando cada vez maiores pela força que ela impunha em coçar.
— Lucy, tente parar de fazer isso — Daniel pediu. — Você está se machucando mais.
— Não dá...
— Pode ser que ainda estejamos sujos com partículas do nevoeiro — Jared sugeriu. — Será que é possível usara água da chuva para nos lavarmos?
Como se alguém tivesse ouvido a pergunta de Jared, três ovelhas entraram correndo no celeiro completamente ensopadas, mas sem nenhuma ferida.
— Acho que é o suficiente para arriscar — ele esticou os braços do lado de fora, mas não foi uma boa ideia. Duas pedras o atingiram enquanto ele tentava se lavar.
— Espera — Anna saiu andando pelo local desaparecendo nas sombras ao fundo. Alguns minutos depois ela voltou com um balde de metal. — Todo bom celeiro tem um.
Ela colocou o balde na chuva que se encheu de água e gelo o que acabou por ser ainda melhor, pois além de se lavarem, a água fria ajudava a diminuir a coceira e a vermelhidão.
— É mais uma praga, não é? — Jared perguntou enquanto Anna usava um pedaço de pano que encontrou no porta-luvas do carro. Ele estava sentado sobre um cubo muito bem amarrado de feno.
— É. O estranho é que tudo está acontecendo tão rápido — ela molhou o pano mais uma vez no balde e o encostou ao rosto de Jared. — Melhorou?
— Bastante. Obrigado — ele agradeceu sorrindo.
— E você, Lucy? — ela perguntou se aproximando da amiga.
— Melhorou um pouco — ela estava sentada sobre um banquinho que eles encontraram caído dentro do celeiro.
Anna olhou as feridas — parece que estão menos vermelhas pelo menos.
— Isso foi a sétima praga, não é? — Daniel estava agachado ao lado de Lucy.
— Foi sim Daniel — Anna caminhou para perto da porta. A força da chuva diminuía.
— O que vem agora? — Jared ficou em pé ao lado dela.
— Gafanhotos — ela respondeu.
— Acho que na fazenda vamos descobrir como parar isso — Jared comentou. — Mas não vale à pena arriscar ir de carro. Com tanto gelo vamos derrapar daqui até lá.
Lucy Anne se levantou para se juntar a ele — se vamos a pé, vamos logo. Temos que parar esse idiota antes que ele destrua a cidade.
Daniel ficou em pé ao lado dela.
— Espera um pouco — Anne foi até o carro e voltou com um par de tênis. — Agora você vai ter que aceitar. Andar isso tudo de scarpin vai ser bem difícil.
Lucy Anne sorriu em agradecimento pela atenção. Os tênis de Anna serviram direitinho nela, e apesar de continuar de vestido, agora pelo menos seus pés estavam confortáveis. Antes de partirem, Jared pegou no carro a mochila de um ombro que ele havia trazido com coisas que imaginou que seriam necessárias para se livrar de fantasmas. Anna também voltou ao carro, pegou seu moletom e vestiu. Ela se arrependia por tê-lo tirado, se não tivesse feito isso, seus braços estariam bem.
Os quatro saíram do celeiro e caminharam em direção a casa. Depois que o nevoeiro e a chuva passaram foi possível finalmente ver a sede da fazenda. Estava um pouco longe, mas não muito. Aos poucos o tempo começou a mudar. O sol brilhava com tanta intensidade que já era difícil ver as pedras de gelo no chão. Anna já havia tirado o casaco e o usava amarrado na cintura quando de repente uma sombra cobriu o grupo. Eles pararam para olhar para cima. Milhares de gafanhotos voavam em direção à cidade. Alguns dos insetos se perdiam da nuvem e agarravam nos cabelos e nas roupas deles. Os amigos apressaram o passo e praticamente se jogaram na varanda da casa.
— A pickup vermelha — disse Lucy Anne apontando para o veículo do lado da casa — é mesmo o Eddie o responsável por toda essa bagunça. Vou entrar lá e resolver isso.
— Pera aí super girl! — disse Daniel segurando Lucy Anne delicadamente pelo braço — estamos juntos nisso.
— Primeiro vamos descobrir em que parte da casa ele está — disse Jared.
Eles andaram pela varanda até chegarem à porta da frente. Ela estava entreaberta. Os quatro entraram. Eles se encontravam em uma sala de estar, onde uma grande poltrona de madeira e estofamento de couro verde—escuro, uma TV e algumas estantes cheias de livros compunham a decoração. Do lado esquerdo do cômodo, uma escada de madeira maciça levava ao segundo andar da sede, e contíguo a ela, um pequeno corredor se estendia.
Daniel e Lucy foram até o final do corredor. Ele terminava em uma cozinha. Talheres, pratos, xícaras, mas nenhum sinal de vida estava presente. Anna e Jared se puseram a olhar os livros na estante. Pensaram que não encontrariam nada relevante, mas a julgar pela quantidade de livros sobre práticas sobrenaturais, a pessoa que vivia naquela casa era bem adepta ao misticismo. Um grande e velho livro chamou a atenção dos dois. Anna o retirou da estante e começou a folheá-lo.
Como não haviam encontrado nada, Daniel e Lucy voltaram para a sala. À medida que caminhavam, a visibilidade começou a diminuir. De repente o lugar estava escuro como se a noite estivesse chegado. Uma noite sem lua. O clima ficou tenso entre os quatro.
— O que é isso? — quis saber Daniel.
— Encontramos na estante — respondeu Anna que segurava o livro. Jared havia acendido a lanterna para que eles pudessem ler.
— Para! — pediu Lucy quando passaram por uma das folhas. — Olhem!
Nas páginas amareladas, algumas palavras pareciam instruir como realizar um ritual. Isso era possível deduzir pelos desenhos que acompanhavam a descrição. Também havia imagens muito estranhas com alguns homens feridos e outros fugindo de sapos e gafanhotos.
— Isso se parece com as Pragas do Egito... — Jared sugeriu.
— E são — Anna afirmou. — Aquæ sanguinem, pediculus, obscurum, mors primogenitorum... Ela leu o que pode identificar. Era a última praga que mais preocupava os quatro.
— Onde você aprendeu latim? — Jared perguntou. — Vai responder internet também? — ele sorriu tentando quebrar o clima tenso.
— Falo português, esqueceu? — ela sorriu de volta.
— Faz sentido. É assim tão parecido?
— Nem tanto, mas facilita.
A conversa parecia fluir normal, mas a cada frase que eles diziam era quase possível segurar o ar que respiravam. Era comum a todos que quem fosse o responsável por aquilo, estava seguindo muito bem os ensinamentos do livro e não tinha motivo aparente para fracassar.
— No livro não tem nada que ensine como parar? — Lucy perguntou.
Anna apenas balançou a cabeça em negativa.
— Vamos descobrir que está fazendo isso e dar um jeito de parar — Jared pronunciou tirando o livro das mãos de Anna e o jogando sobre uma das poltronas.
Com ele à frente, seguido por Anna, Daniel e Lucy, os amigos subiram para o segundo andar da casa. Ao chegarem ao topo da escada notaram uma pequena porta aberta na parede de frente para a escada. Os quatro tiveram que apoiar as mãos no chão para passar por ela. O lugar onde estavam era entre a laje da casa e o telhado. Era bem espaçoso e estava tão escuro como tudo ao redor. O que eles procuravam estava ao fundo do cômodo. Uma mesa de madeira com uma toalha branca por cima. Nove velas pretas acesas, ossos e uma tigela com um crânio imerso em um caldo formavam um altar.
— Não esperava que trouxesse companhia — a portinha por onde eles haviam entrado se fechou com um barulho seco.
Eles olharam para trás. Uma mulher não muito jovem estava parada ao lado da porta.
— Lourdes! — Lucy Anne exclamou. — É você que está por trás disso? Pensei que seu filho...
— O Eddie tem sofrido muito desde que você o abandonou e começou a inventar mentiras sobre ele e espalhar na universidade.
— Eu nunca disse uma palavra sobre ele! Ele cavou a própria sepultura!
— Essa cidade vai se arrepender de tudo o que fez! — a mulher passou correndo por eles e sumiu na escuridão.
Anna, Jared e Daniel olharam para Lucy Anne esperando um esclarecimento da amiga.
— É a mãe dele — ela disse sem precisar ouvir a pergunta.
Vamos destruir esse altar — Jared se precipitou em direção à mesa, mas a mulher reapareceu de repente.
Ela jogou um pó dentro da tigela — você destruiu a vida do meu Eddie, agora vai perder a sua!
No entanto, não foi Lucy Anne a atingida. Instantaneamente Jared tombou ao chão. Anna correu para perto do amigo e se ajoelhou ao lado dele. Por sua expressão era possível notar que ele sentia muita dor. Era visível sua dificuldade para respirar enquanto suas mãos aflitas corriam sobre seu peito.
A mulher parecia não estar esperando por aquilo. Ela esperava que Lucy Anne morresse com a última praga, o que ela não sabia é que ela não era a primogênita de sua família, mas sim sua irmã, Mary Anne, morta há alguns anos.
— Para já com isso! — Daniel gritou.
Ele aproveitou a falta de atenção da mulher e foi para cima dela. Lourdes não estava tão desprevenida. Ela possuía uma faca com a qual tentava se desvencilhar das investidas de Daniel.
Lucy Anne se concentrou e a mulher sentiu uma força invisível a segurando.
— Destrua o altar Daniel! — a garota gritou.
Daniel derrubou as coisas no chão, mas Jared não parecia se recuperar.
— Jogue sal por cima e queime... — Jared sussurrou no colo de Anna. — Jogue sal e queime...
— Daniel! — ela chamou a atenção do amigo. — Jogue sal por cima e queime! — Anna retirou com um pouco de dificuldade um pacote de sal da mochila que Jared trazia nas costas e jogou para Daniel.
Ele espalhou o sal sobre o altar e tudo que o compunha e estava jogado pelo chão. Com uma das velas tentou começar o fogo, mas ele não se espalhou.
Do outro lado da sala, Lucy Anne continuava mantendo Lourdes presa à parede usando sua força. Ao ver que eles não conseguiam destruir o que ela fez, um sorriso iluminou seu rosto.
— Posso não conseguir matar você, mas seu amigo logo não estará mais entre os vivos.
Lucy Anne fez uma pressão na região do pescoço da mulher.
— Vai me matar, Lu? — ela deu um sorriso sarcástico.
Jared suava frio e sentia cada vez mais dificuldade em respirar. Mas ele queria indicar a Anna que devia pegar mais alguma coisa na mochila. Quando entendeu a mensagem, ela abriu a mochila e foi tirando tudo o que havia lá dentro. Seu coração acelerou quando um vidro com querosene rolou para fora da mochila.
— Daniel! — ela chamou.
Ele sorriu e correu para pegar o vidro. Mais que depressa ele espalhou o querosene sobre as peças usadas no ritual. O que ele não percebeu é que a pequena chama que já havia ali estava chegando perto do líquido. Quando a chama atingiu o combustível o fogo se expandiu muito rápido. A explosão jogou Daniel e Lucy Anne no chão. Anna abraçou Jared para protegê-lo das chamas e Lourdes, como ficou livre da força que a prendia foi jogada para o fundo do cômodo e caiu desacordada.
— Temos que sair daqui — Anna viu que as chamas estavam fugindo do controle.
Jared parecia estar ficando livre da maldição e, ainda que com certa dificuldade, conseguiu se colocar de pé. Daniel se aproximou para ajudá-lo e Lucy Anne, que parecia estar bem, se levantou para se juntar ao grupo.
— Vamos deixá-la aqui? — Anna perguntou quando passaram perto de Lourdes ainda desacordada.
— Essa casa vai arder em chamas em pouco tempo. Não seria certo — Lucy Anne ponderou.
Usando novamente suas habilidades de telecinesia, ela fez a mulher ser erguida do chão.
Daniel teve que quebrar a portinha para saírem. Ele passou primeiro e ajudou Jared a passar. Anna veio logo em seguida e Lourdes desacordada foi passada pela abertura. Lucy Anne passou por último. A fumaça já havia tomado conta de todo o local e o teto da sala já ameaçava desabar por causa do fogo no sótão.
Eles desceram as escadas e chegaram do lado de fora. No telhado da casa já era possível ver algumas labaredas. Quanto aos fenômenos, tudo parecia estar voltando ao normal. O dia pelo menos havia voltado a ficar claro. Lucy Anne colocou Lourdes na carroceria da pickup do filho que estava a uma distância segura da casa de forma que quando ela acordasse poderia ir embora.
Aparentemente, o pior havia passado e os quatro se dirigiram para o celeiro a fim de pegar o SUV e ir embora dali. Eles entraram no carro e seguiram para fora da fazenda. Alguns minutos depois já estavam de volta na estrada.
— Os bombeiros estão a caminho — Daniel disse desligando o celular enquanto dirigia.
— O que você disse a eles? — perguntou Lucy Anne que estava ao seu lado
— Que estava passando na estrada e vi uma casa queimando — Daniel respondeu. — Tudo bem aí atrás? — ele perguntou ao irmão que estava recostado no banco de trás deitado no colo de Anna.
Lucy Anne se virou para olhar para ele.
— Tudo bem — respondeu Jared sorrindo.
A garota sorriu de volta para ele e se sentou virada para frente novamente.
— Essa já é a segunda vez que esses dois passam por uma situação maluca assim — Daniel informou.
— Verdade? Que loucura! Pena que na faculdade nunca vou aprender nada de útil para lidar com essas coisas — Lucy Anne lamentou.
— O que você estuda? — Jared perguntou.
— Ciências Biológicas — ela respondeu.
— Acho que não tem curso melhor para essa finalidade.
— Como assim? — Lucy Anne olhou confusa para Jared.
Daniel também não entendia aonde o irmão queria chegar com aquela afirmação.
— Bem, você estuda os processos naturais, coisas vivas...
— Sim, temos aulas de física, química e biologia...
— Então, se algum dia você ver alguma coisa que não consiga explicar com base nos seus conhecimentos nessas três disciplinas... Pode ter certeza que é sobrenatural!
Lucy Anne e Daniel começaram a rir e logo Jared ria com eles. Anna deu apenas um leve sorriso. Ela parecia preocupada.
— O que foi Anna? — Jared perguntou.
— Eu quero que você vá a um hospital e passe por uma avaliação médica. Aquela mulher pode ter te machucado de verdade. Com essas coisas não se brinca — ela respondeu.
— Ela é formada em medicina — Jared disse para os outros em tom um pouco irônico.
— Estou falando sério! — ela disse com firmeza.
— Eu sei. Acho fofo quando você se preocupa comigo — Jared segurou o queixo de Anna e sorriu para ela. Ela retribuía o sorriso quando um forte impacto projetou os dois para frente assim como Lucy Anne e Daniel que estavam no banco da frente. Por sorte eles usavam o cinto de segurança e não se machucaram. Imediatamente eles olharam para trás para ver o que os tinha acertado e ficaram espantados ao ver Lourdes atrás do volante da pickup investindo contra eles. Ela os acertou mais uma vez.
Ela passou para a contramão e se equiparou com o SUV.
Daniel acelerou o máximo que pode na tentativa de se livrar de Lourdes.
— Ela vai jogar a gente pra fora da estrada! — gritou Lucy Anne.
— Vai não! — disse Daniel comprimindo o pedal do acelerador até ele se encostar—se ao assoalho do carro.
A salvação dos três foi um caminhão vindo em outra direção que fez com que Lourdes tivesse que voltar a sua faixa. Por causa da velocidade em que dirigia e também dado ao seu estado, ela perdeu o controle da pickup e rodou na pista ficando parada no acostamento.
— Essa mulher é louca?! — reclamou Jared agora sentado no banco olhando para a pickup parada que ficava cada vez mais longe.
Lucy Anne se encolheu deixando seu corpo descer um pouco pelo banco.
— Não é culpa sua — disse Daniel segurando a mão dela.
Uma lágrima rolou pelo rosto de Lucy Anne.
- CONTINUA -
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