Havíamos trazido de tudo para o encontro planejado, menos um item que tornaria mais fácil aquela questão. Uma faca. Sem o objeto precisaríamos usar as próprias mãos e o desfecho não seria benéfico para nenhum de nós. Talvez apenas para os pequenos animais ocultos pela grama.
O Último Suspiro 2
Havíamos trazido de tudo para o encontro planejado, menos um item que tornaria mais fácil aquela questão. Uma faca. Sem o objeto precisaríamos usar as próprias mãos e o desfecho não seria benéfico para nenhum de nós. Talvez apenas para os pequenos animais ocultos pela grama.
O Bilhete
Dessa vez não trouxe apenas uma cena, mas sim um conto curto com início, meio e fim. Uma das personagens inclusive já apareceu aqui no blog. Estão prontos para a pequena aventura em numa casa abandonada?
***
A ‘Buscando Inspiração’ nasceu no final dos anos 1990 da ideia de uma fotógrafa entusiasta que decidiu fundar a empresa dando chance àqueles que ela tanto apreciava e a inspiravam. A CEO além de apreciar muito o ofício da fotografia também era escritora. Seu objetivo principal era reunir vários profissionais na agência e proporcionar o contado deles com os clientes, mas garantindo por conta da empresa o salário fixo e comissão por projeto. Os trabalhos incluíam toda sorte de fotografias, desde projetos para sites, folhetos, convites para eventos e os próprios eventos, colunas de jornais ou revistas e trabalhos para organizações, governamentais ou não.
Por conta dessa variedade, Beatrice e Manuela, duas fotógrafas da Buscando Inspiração, não estranharam quando receberam na manhã de sexta-feira a missão de fazer o registro de imagens do interior da casa há muito tempo abandonada em uma das principais avenidas na cidade sede da agência no interior de Minas Gerais.
— Pelo menos a gente não vai precisar viajar hoje — disse Manuela agradecida já visualizando o final do seu dia tomando cerveja num bar com os amigos.
A mulher sem memória
— Está esperando alguém? — sua curiosidade havia atingido o limite.
— Nossa próxima cliente — William afastou a cortina mais uma vez e olhou para a calçada. — Só não entendo por que ela está demorando tanto para subir.
— Está hesitando? — John levantou e caminhou na direção da janela.
— Não, — respondeu o detetive confuso. — Ela está sentada na frente do gradil perto da porta.
John tomou o lugar do amigo para olhar a possível cliente.
— ELA ESTÁ COBERTA DE SANGUE! — gritou o homem irritado.
— Eu notei isso — William não parecia abalado. — Mas daqui não consegui definir se é dela ou não.
Quando o detetive terminou de falar olhou para onde John estava, mas ele já havia saído da sala e descia as escadas.
Manter o foco
Eu pensei muito se deveria ou não publicar essa cena e acabei decidindo publicar. No entanto, dessa vez, preciso fazer o contrário do que geralmente faço e pedir para que algumas pessoas não leiam. Não é uma cena com a descrição de nenhum evento traumático, mas há dois personagens conversando superficialmente sobre assuntos muitos delicados: automutilação e suicídio.
Para quem resolver ler a cena, volto a reafirmar que não há descrição do que aconteceu. O evento está no passado da personagem que tenta levar a vida e, se possível, se livrar de um hábito prejudicial do qual não se orgulha.
Lembrem-se sempre: o CVV, Centro de Valorização da Vida, presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente (nos mais de 120 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e e-mail.
[Top 10] Hábitos na hora de escrever
Uma das coisas que mais gosto de fazer é trocar experiência com quem também escreve. A gente aprende, ensina e se apoia por compreender um pouco de como é essa jornada de tirar ideias da cabeça e colocar no papel. Pensando nisso, hoje eu vim aqui compartilhar um pouco do que eu sigo na minha escrita, tanto na organização quanto no desenvolvimento do texto propriamente dito.
Quero deixar bem claro que são as coisas que eu faço, e não um apanhado de regras ou uma receita para o sucesso (se for isso que você estiver procurando aqui pode esquecer... meus textos são tão ignorados, coitados...). Talvez essa lista seja útil para você, talvez não, e está tudo bem.
Escrita é arte e, em minha opinião, arte deve vir do coração. Não estou aqui falando de mercado ou retorno, apenas da criação pelo puro prazer de tirar uma ideia da cabeça e colocar no papel. Se ainda tenho motivação para continuar escrevendo e publicando, é porque sou uma fotógrafa de pensamentos completamente apaixonada pelo que faço.
Introdução feita, fiquem com meu top 10 hábitos na hora de escrever!
1 - Uso o nome do personagem principal nas pastas para não perder os livros dentro do computador com arquivos de nomes genéricos.
Essa na verdade foi uma sugestão que eu dei para uma pessoa no Twitter e que me inspirou a escrever a lista. É algo que eu sempre fiz e facilita muito minha vida para trabalhar com várias histórias ao mesmo tempo. Todos os arquivos referentes àquela história ficam na pasta com o nome da/o/e personagem principal. Poderia ser uma pasta com o título da história? Claro que poderia, mas quem aqui pensa no título antes dos 45 do segundo tempo? Já tive que atrasar publicação porque não conseguia pensar num título bom o suficiente... hahahaha...
Primeiro Encontro
Na minha postagem mais recente declarei a vontade de “desenvolver
a habilidade para escrever histórias curtas, sem continuação...” então, falhou... *risos*. E
antes que eu comece a criar vários enredos para tumultuar minha gaveta com
trabalhos que não vou desenvolver, mas se
quiser pode, resolvi mudar a estratégia.
Vou criar cenas independentes, usando para isso meus próprios personagens em situações que provavelmente não apareceriam nas histórias principais. Seja por não acrescentar nada na trama, por eu ter viajado demais durante o projeto, por ter passado tempo demais pensando “e se”... enfim. Meus objetivos são desenvolver minha escrita e me divertir, e acho que dessa vez vai funcionar.
Como usarei personagens das minhas histórias autorais e das fanfics, algumas alterações serão feitas principalmente quanto aos nomes, tanto para evitar infringir direitos autorais de terceiros, quanto para evitar spoilers do que ainda não publiquei. Quando for o caso de alguma cena remeter a uma história autoral já finalizada, e não tiver spoiler, deixarei o link dela para quem quiser ler.
Dito isso, vamos à cena e resolvi estrear com uma que eu
nunca escrevi, uma desonra para mim, desonra para quem escreve fanfic, uma
desonra para sua vaca... Um primeiro encontro básico na Starbucks, porque,
quem nunca? Os personagens que vou usar aqui vieram de uma fanfic e algumas
horas pensando “e se...”. Bom, esse é
o resultado. Espero que gostem e não deixem de comentar!
A conversa dos irmãos fluía animada até que uma das gêmeas percebeu um rapaz loiro dentro da cafeteria olhando fixamente para o trio. Em vez de ficar incomodada, ela se sentiu impelida a ir falar com ele.
— Ele está olhando pra gente — alegou a jovem sentada à esquerda da irmã gêmea fraterna do lado oposto da mesa onde estava o irmão, um ano mais velho, das duas. — Vou provar.
Zephyrus fingiu que bocejava e o rapaz a três mesas de distância não conseguiu se controlar e imitou o gesto.
Chá para dois
É um desejo antigo meu desenvolver a habilidade para escrever histórias curtas. Raramente algo que eu escrevo termina em um só capítulo. Quando comecei com fanfics da série Sherlock, minha primeira oneshot foi publicada com 2 capítulos! (Quem quiser ler: O melhor pior dia de Molly Hooper). No entanto não desisti e consegui uma oneshot de verdade algum tempo depois! (Leia aqui: Tudo sobre Mary). Inspirada por essa conquista e com a ajuda de um site gerador de enredo aleatório (não quis correr o risco de tentar eu mesma criar a história e acabar com uma série de livros... hahaha...), nasceu esse pequeno conto de um momento da vida de dois personagens. Não estou planejando continuação. Sei que a vontade de saber mais sobre o que aconteceu acaba aparecendo, mas por enquanto a narrativa sobre Catarina e João começa e termina nessa postagem.
Catarina olhou para o livro mágico em suas mãos e ficou preocupada. Não poderia deixar ninguém ler suas páginas. Não que alguém fosse capaz de acreditar nas informações contidas nele, mas era melhor não correr o risco.
A bruxa caminhou até a janela admirando as gotículas de chuva no vidro. Catarina gostava do ambiente rústico e aconchegante daquela rua pavimentada em pedra, mas a loja de reparo de guarda-chuvas e eletrodomésticos em frente à sua casa, quebrava parte do encanto.
Ela sorriu para o idoso parado à entrada quando este olhou para ela. Um sujeito simpático e o único motivo pelo qual ela não odiava por completo aquela fachada repleta de quinquilharias. Era um lugar que encorajava sua tendência de se sentir nostálgica, mas ela prometeu que nunca mais poria os pés na sua antiga vila e pretendia cumprir a promessa.
Então ela viu algo ao longe, ou melhor, alguém. João era um lobisomem inteligente, de braços peludos e dedos finos, companheiro da bruxa desde quando tentaram queimá-la viva. Igualmente menosprezando pelos outros habitantes, João se tornara amigo de Catarina no momento em que a bruxa se ofereceu para preparar uma poção do sono evitando que seu lado lobo o dominasse na lua cheia.
O que motivava todo aquele ódio e unia os dois era a falta de vontade de ambos para atacar seres humanos. Catarina e João não queriam negar ou abandonar suas habilidades mágicas, mas tampouco queriam usar aquilo para dominar os não mágicos. Tudo o que queriam era uma vida anônima e tranquila.