[Poema] Acesso Restrito

Minha vida é como um livro,
guardado na seção restrita.
Depois que você lê,
percebe o quão transparente é minha alma.
Mas a parte difícil,
é conseguir autorização para ler esse livro.
Espero por algum corajoso,
que faça como Harry Potter fez.



Esconde-Esconde (Final)


(Capítulo Anterior - Parte 4)

Esconde - Esconde

No distrito policial, César, que havia ligado para os investigadores durante o trajeto do hotel ao D.P. os esperava ansioso em frente à sala onde Edward estava. Uma grande aglomeração de repórteres também já estava no local. Eles quase conseguiram impedir Stella de entrar, se colocando no caminho da investigadora e fazendo muitas perguntas ao mesmo tempo, mas Gregory, vendo a situação voltou para ajudá-la e os quatro finalmente conseguiram entrar.

— Obrigada — ela disse ajeitando sua roupa e cabelo.

— Por nada — Gregory respondeu sorrindo.

Junto com César também estavam Samara, Renato e alguns policiais federais que tinham ajudado no caso.

Esconde-Esconde (Parte 4)

Esconde - Esconde

Stella e Jason, que já eram conhecidos por André foram até a loja ao encontro dele. Os investigadores que permaneceram na delegacia ficaram responsáveis por, ao receberem os telefones encontrados por Jason e Stella, ligar para cada família.

O gerente, não estava tão bem vestido como da última vez que eles o encontraram. Dava para perceber que ele havia colocado a calça jeans e um casaco de moletom por cima do pijama que usava. Porém, devido à urgência da investigação isso foi melhor do que se ele os tivesse recebido usando seu costumeiro terno e gravata.

Rapidamente o homem encontrou as notas fiscais emitidas pelos caixas naquele dia cujas vendas tinham sido efetuadas por Edward. Por sorte, era política interna da loja, armazenar por um período de 30 dias o nome e telefone de cada comprador junto às notas fiscais, para eventuais reclamações.

Esconde-Esconde (Parte 3)

Esconde - Esconde

Sara, César e o terceiro policial, de nome Fernando, deixaram o carro estacionado em uma praça e saíram para conversar com os lojistas e vizinhos a pé. Fernando ficou com o lado par da rua enquanto Sara e César ficaram com o lado ímpar. O primeiro lugar onde Sara e César entraram era uma padaria. Apesar de todos conhecerem Maurício, ninguém tinha qualquer informação que pudesse ajudar, ou mesmo parecesse suspeito do crime. Fernando também não estava tendo muita sorte, porém, quando já estava quase terminando uma casa de material de costura chamou sua atenção.

— Bom dia. Meu nome é Fernando, sou da polícia federal e estou procurando informações que nos leve a descobrir quem matou este menino — ele mostrou a foto de Maurício.

— Sabemos quem é. Ele já veio aqui algumas vezes com a mãe.

Esconde-Esconde (Parte 2)

Esconde - Esconde

Da equipe de investigadores de Las Vegas que chegou para trabalhar no caso faziam parte Sara Bradley e Gregory Anderson, encarregados pelo caso nos Estados Unidos, e Jason Goodman, supervisor deles. Os três chegaram em um jatinho no qual tinham embarcado em São Paulo. César, ao contrário do jeans e camisa que usava normalmente, agora usava terno e gravata.

— Sejam bem vindos a Juiz de Fora — ele disse em um inglês enferrujado estendendo a mão para Jason, um homem alto, de aparência séria e poucos cabelos grisalhos entre seus cabelos castanhos.

Esconde-Esconde (Parte 1)

Atualização (01/06/2022): Às vezes é difícil decidir se escrevo uma fanfic, e aproveito o hype de um filme ou série para divulgar minha escrita. Foi mais ou menos o que aconteceu com essa história. Começou como uma fanfic, precisei converter em autoral para publicar aqui no blog, e acabei revisando e publicando como fanfic no Wattpad. Essa série de postagens que eu dividi em 5 partes são os “rascunhos” originais da minha primeira aventura com romance policial. Quem quiser ler, fique à vontade, mas considero a versão disponível no Wattpad muito melhor escrita. Não deixem de conferir:

Começar a ler

Esconde - Esconde

(Parte 01 de 05)

O trabalho da polícia nunca para, e aquela fria manhã de inverno não seria diferente. Por volta das sete horas, os investigadores Stella Castro Rios, uma mulher de 24 anos, altura mediana, cabelos pretos que desciam até o meio das suas costas e olhos castanhos e Renato Santos com 29 anos, alto, cabelo castanho, lisos e curtos e olhos azuis, esperavam por sua colega, a também investigadora Samara Medina. Ela havia ido até a sala do chefe deles, César Alves, buscar as informações sobre o próximo caso no qual eles trabalhariam. Eles estavam no prédio de uma das sedes da Policia Civil em Juiz de Fora, onde trabalhavam. Após pegar o envelope, Samara seguiu apressadamente para sua sala onde encontraria seu namorado e sua amiga a esperando.

Meu verdadeiro País das Maravilhas

O país dos sonhos não tem nome nem é limitado geograficamente, mas ele existe, disso tenho certeza, só precisamos encontrá-lo, como Sophie encontrou o dela.

O telefone toca.
— Alô — atende a mãe de Sophie.
— Mãe! Oi!
— Oi! Tudo bem com você, filha?
— Tudo ótimo, mãe! E com você?
— Estou bem, mas estou com saudade...
— Ahh... Desculpe-me por não estar aí com você.
— Não se preocupe com isso. Você está feliz?
— Muito, mãe!
— Como são as coisas aí?
— Maravilhosas, mãe! Aqui não faz o calor que fazia aí em casa e outro dia até nevou. Ah, e as pessoas! São tão agradáveis. Tenho vários amigos, mas eles não ficam me convidando para festas todo final de semana. Ao invés disso nos reunimos na segunda-feira na hora do almoço para comentar sobre os livros que lemos no final de semana ou dos filmes que assistimos. Algumas vezes vamos todos juntos ao cinema. E, ah, mãe, como as pessoas aqui são educadas. Ninguém ouve música alta demais para não perturbar os outros, mas por mim podiam ouvir. Todos aqui gostam de música clássica ou das trilhar sonoras instrumentais dos filmes. Algumas vezes eles ouvem rock também. Aqui não preciso me preocupar com meus ouvidos — Sophie sorriu.
— Você conseguiu um lugar para morar?
— Consegui sim, mãe! É um apartamento bem pequeno, mas como estou morando sozinha, não tem problema. Tem um quarto, banheiro, cozinha e uma sala com estantes repletas de livros. Muitos deles presentes dos meus amigos.
— E o coração? Como está?
— Cheio de felicidade, claro!
— Então você está namorando?
— Ai, mãe, não. Mas tenho meus amigos, os livros, liberdade...
— Mas você sempre tudo isso aqui, não teve?
Sophie ficou calada por alguns instantes. Precisava pensar na resposta. Não queria magoar a mãe que além de parecer não conhecer muito bem a vida que a filha levava antes, nunca tinha percebido o quanto ela era infeliz, fazendo um enorme esforço para se levantar da cama todas as manhãs e ainda assim agradecendo a Deus a vida que tinha.
— Sempre tive mãe. A diferença é que antes tudo isso estava preso dentro dos livros, agora está livre do lado de fora.
— Filha...
— Sim mãe.
— Quando você volta pra casa?
Parece que a mãe de Sophie não tinha ouvido uma palavra sequer da conversa ou não queria aceitar o que ouvira.
— Um dia mãe. Prometo que eu volto.
— Te amo filha.
— Também Te amo mãe.
Sophie desligou o telefone. Soltou um grande suspiro. Sentou-se na poltrona da sala e abriu um livro.