Destination Unknown (Final)

Essa é a continuação do conto. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante! Para quem não leu: (Parte - 03)

Destination Unknown
(Parte 04 de 04)

O hotel que o policial indicou para os dois ficava a uns 20 minutos do Hotel Magnólia. Era uma instalação típica de hospedagem em estradas americanas. Os homens deixaram o casal na recepção e foram embora.

Benjamin pegou sua carteira, tirou seu cartão de crédito e o mostrou para a atendente. Ela registrou um quarto de casal no nome dele e entregou uma chave com uma plaquinha com o número do quarto. Os dois saíram da recepção e seguiram para o lá. Benjamin abriu a porta e os dois entraram. O quarto era simples e aconchegante. Tinha apenas uma cama de casal, uma penteadeira com uma pequena televisão em cima e um banheiro. Ele colocou a bagagem no chão e fechou a porta.

— Aconteceu o que eu realmente acho que aconteceu? — Victoria perguntou sentando na beirada da cama e acendendo a luz de uma luminária que havia fixada à cabeceira.

— Acho que sim — Benjamin respondeu sentando ao lado dela. Ele pegou as pernas da esposa e colocou sobre seu colo. A meia-calça que ela usava, parecia uma rede de tantos buracos.

— Me lembre de nunca mais subir em uma árvore usando meia-calça — ela pediu sorrindo.

— Você se arranhou bastante — ele comentou enquanto tirava as sapatilhas dela.

— Foi quando a ventania começou. Escorreguei alguns centímetros até conseguir me segurar — ela respondeu.

— Não pude deixar de pensar em uma coisa — Benjamin comentou.

Destination Unknown (Parte 03)

Essa é a continuação do conto. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante! Para quem não leu: (Parte - 02)

Destination Unknown
(Parte 03 de 04)

Depois que terminaram o jantar, eles ainda se serviram de sobremesa. Não foi mais fácil escolher o que queriam entre as opções do que havia sido no jantar. Havia frutas em calda quente, três tipos de bolo, um pudim apetitoso e um pavê de chocolate de dar água na boca. Depois de saborearem mais de uma dessas delicias os dois se retiraram do salão de jantar e foram para a sala que ficava logo ao lado da recepção.

— Essa é a foto de que eu te falei — Benjamin disse parando em frente a uma poltrona rústica e olhando para o painel que ficava por cima dela e devia ter pelo menos uns 30 cm de altura por 50 cm de largura. Nela estava o salão de jantar do hotel e muitas pessoas estavam de pé no que parecia ser um baile. As roupas que elas usavam eram sem dúvida da década de 50 e o salão era o mesmo, nos móveis e na decoração.

— Realmente parece coisa antiga. Esse hotel não é nada novo.

— Também achei, mas é um bom lugar.

— É verdade — Victoria concordou. Ela continuou olhando outras fotos menores tão antigas quanto aquela, enquanto Benjamin olhava os outros objetos antigos que faziam parte da decoração da sala — Ben, — Victoria chamou. — Vem ver uma coisa.

Enquanto Benjamin atravessava a sala indo ao encontro da esposa, a porta principal do hotel na recepção foi aberta de súbito e por ela entraram cinco homens fortemente armados e encapuzados que surpreenderam Eva atrás do balcão da recepção.

Destination Unknown (Parte 02)

Essa é a continuação do conto. Divirtam-se! E não se esqueçam de deixar comentários! A opinião de vocês é muito importante! Para quem não leu o começo: (Parte - 01).

Destination Unknown

(Parte 02 de 04)



— Quantas horas Ben? — Victoria perguntou envolta pelos braços do marido.

— Sete e meia, por quê?

— Fome — Victoria respondeu beijando o rosto de Benjamin.

Benjamin deu um sorriso irônico — também fico com fome depois de praticar exercício.

Victoria sorriu sem graça de volta para ele. Benjamin segurou as maçãs do rosto dela e beijou suavemente seus lábios.

— O que a gente faz com a colcha da cama? — Victoria perguntou olhando para o tecido molhado que eles haviam jogado no chão para se deitarem sobre os lençóis secos.

— Deve ter alguma camareira que leve ele pra secar. Até lá podemos deixa-la estendida na janela.

— É o jeito — Victoria concordou com um pequeno sorriso.

— Que horas você quer descer pra jantar? — Benjamin perguntou.

— Deve ter um horário fixo.

Benjamin se virou para a mesinha de cabeceira que havia ao lado da cama e abriu a primeira gaveta procurando por algum folheto com informações, mas não encontrou nada.

Destination Unknown (Parte 01)

Atualização (31/05/2022): Essa é a versão original de Destination Unknown (nem me perguntem o porquê do titulo em inglês. Acho que foi inspiração em uma música...). Na verdade é apenas o começo da história que ficou bem maior depois que eu participei do NaNoWriMo e transformei ela em um romance. Pretendo publicar na íntegra um dia, com todos os ajustes necessários (são muitos!) e com um título diferente (em português, né... please! 😅). Essa versão será mantida aqui no blog como registro da evolução na minha escrita.


Sinopse: Um casal em lua de mel busca apenas paz e tranquilidade para aproveitar o momento, mas não é bem o que eles encontram ao se hospedar em um hotel com um passado obscuro.
 

Destination Unknown

(Parte 01 de 04)
 

A cerimônia de casamento havia durado exatamente uma hora, mas o que Benjamin e Victoria não esperavam era que seus amigos tivessem preparado uma pequena recepção surpresa para os dois. Eles queriam um casamento simples e com os cumprimentos na igreja, mas não tiveram como escapar da festa surpresa de casamento.

Com algumas horas de atraso, finalmente os dois haviam conseguido sair da festa e se dirigiram para o hotel onde haviam feito reservas para a lua de mel. Victoria, que estava sentada no banco do carona, escolhia um CD para tocar. Por fim pegou um que ela havia gravado com músicas de vários artistas e colocou para tocar. A primeira faixa era Hotel California do grupo The Eagles.

[Poema] À Noite

A música ao fundo é o Bolero de Ravel.
Não está nem frio nem quente. 
Apenas agradável.
A lentidão da internet permite pequenas viagens.
 
No teto do quarto, o lustre jaz cheio de insetos mortos. 
Uma aranha aproveitou e teceu sua teia ao lado, 
pronta a capturar qualquer desavisado que passe por ali.
O download de um vídeo de 8MB tem previsão de terminar em 30 minutos.
 
Haverá bastante tempo para viajar.
O relógio da cozinha trabalha ruidosamente.
Talvez porque o silêncio esteja sendo cortado 
apenas pelo barulho das teclas à medida que o texto é digitado.
Na cama não há lugar para dormir. 
 
Tudo que foi usado durante o dia está jogado sobre ela 
o que faz lembrar que logo terá de dobrar uma pilha enorme de roupas.
Quem manda ir a tantos lugares.
 
Os barulhos da vizinhança são um pouco assustadores.
Nunca se sabe se alguma casa está sendo invadida, 
ou se alguém simplesmente levantou-se da cama para ir ao banheiro.
Deixar a imaginação sempre aberta tem seus prós e seus contras.
 
A última vez em que ela foi deixada livre 
terminou com um medo de escuro que demorou alguns meses para desaparecer... 
Não por completo.
 
Acho que o Ravel não vai esperar o final do download... 
Não esta nem na metade.
Um refrigerante doce traz um pouco da energia de volta.
 
E se tudo ganhasse vida? 
E quem fosse vivo ficasse inanimado?
Os ímãs de bicho no quadro de aviso saem andando, 
procurando um lugar para se esconder da claridade.
 
Os bichos de pelúcia andam pelo quarto.
Os livros começam a conversar, 
cada um contando sua história para o outro.
Os móveis rangem e se acomodam em diferentes posições.
E o único ser antes vivo no quarto agora permanece em uma cadeira.
 
Sem vida.
 
Uma boneca de pano com os olhos de vidro.
 
E o download não terminou.