Esconde-Esconde (Final)


(Capítulo Anterior - Parte 4)

Esconde - Esconde

No distrito policial, César, que havia ligado para os investigadores durante o trajeto do hotel ao D.P. os esperava ansioso em frente à sala onde Edward estava. Uma grande aglomeração de repórteres também já estava no local. Eles quase conseguiram impedir Stella de entrar, se colocando no caminho da investigadora e fazendo muitas perguntas ao mesmo tempo, mas Gregory, vendo a situação voltou para ajudá-la e os quatro finalmente conseguiram entrar.

— Obrigada — ela disse ajeitando sua roupa e cabelo.

— Por nada — Gregory respondeu sorrindo.

Junto com César também estavam Samara, Renato e alguns policiais federais que tinham ajudado no caso.

— O advogado dele está aí — disse César em um tom sério — vamos ter que ver quem vai entrar comigo para o interrogatório. Nós todos juntos nem ao menos cabemos na sala. Bom, acho justo que haja comigo um representante de Las Vegas, um da polícia federal e um de vocês três — ele disse apontando para Samara, Renato e Stella quando terminou de falar.

Os três de afastaram do grande grupo para decidir. Entre os investigadores de Las Vegas e os policiais federais ocorreu o mesmo.

— Então gente? — disse Stella.

— Bom esse é o caso das nossas carreiras. Quem entrar agora vai ter o nome marcado no caso — disse Samara.

— Amigos, preciso que contar uma coisa — disse Stella. Os dois esperaram como sempre ela concluir — o Jason me chamou pra trabalhar com eles em Las Vegas.

Samara e Renato olharam surpresos para Stella.

— E você já aceitou?

— Ainda não dei uma resposta definitiva pra ele Renato.

— Como não? Ficou louca? — Samara disse parecendo desesperada — Claro que você vai aceitar! E a sua grande chance. Parabéns, amiga! Mostra que você mereceu o convite pra ir pra Las Vegas.

— Mas e vocês? Eu já tirei a sorte grande. Um de vocês deveria entrar naquela sala. Vai ajudar vocês a quem sabe um dia sair daqui. Ir pra uma delegacia maior.

— E quem disse que nós queremos nos mudar? — disse Renato sorrindo.

— Na verdade eu vou me mudar — Samara continuou.

Ela esticou a mão e mostrou um lindo anel de noivado em seu dedo.

— Esse mocinho me pediu em casamento. Eu não estava querendo me mudar e deixar você morando sozinha, mas agora que você vai pra Las Vegas... — Samara sorriu.

Stella olhou para os dois e os abraçou — Parabéns! Não vejo final mais feliz pra você dois! — ela se afastou um pouco e os olhou nos olhos — vou sentir muita saudade de vocês!

— Agora vai lá. Não pode deixar o seu novo chefe esperando. Nós vamos ficar na outra sala atrás do espelho.

Stella voltou para junto dos outros.

— Eu vou — disse ela sorrindo para Jason.

— A Sara vai entrar com você — ele disse apontando para a investigadora.

— Da polícia federal será o Fernando. Vamos? — César perguntou.

— Sim — Stella disse em um misto de ansiedade e cansaço.

— Nós estaremos olhando vocês pelo espelho naquela sala — Jason disse apontando para a sala logo a o lado da que Edward estava.

César abriu a porta da sala — investigadoras... — ele disse deixando Sara e Stella passarem e entrando acompanhado por Fernando que fechou a porta atrás de si. Ele fez as devidas apresentações e se sentou de frente para o suspeito e seu advogado. Ao seu lado havia ainda duas cadeiras onde Sara e Stella se acomodaram e Fernando permaneceu de pé encostado na parede atrás dos três. Todos concordaram que o interrogatório transcorresse em inglês.

— Bom Edward. Você pode começar nos contando o que você estava fazendo com esta pistola 9MM em sua posse — César perguntou.

Edward olhou para o seu advogado — meu cliente tem porte para ela — respondeu o advogado colocando um papel sobre a mesa.

— Correto. Mas aqui mesmo diz que ele não pode sair com ela de casa. No entanto, essas imagens do sistema de segurança da loja onde você trabalha mostram você ameaçando um colega de trabalho com a arma. — César disse colocando 3 fotos sobre a mesa.

— Ele é que estar me ameaçando. Queria que eu roubar umas coisas na loja pra ele.

— Pois saiba que não foi o que ele nos falou quando prestou queixa contra você — César continuou.

— Isso é uma absurdo. Essa arma nunca saiu da minha casa. O que esse bandido está pensando? — disse Edward aparentemente irritado — está me parecendo um grande equívoco tudo isso.

— Será? — então como essas balas, disparadas pela sua arma foram encontradas em um cadáver na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos?

— A arma foi roubada do meu cliente lá — o advogado tirou um papel que parecia ser algum documento oficial emitido pela polícia.

Na outra sala Jason fez um comentário a Gregory: — nós nunca o tivemos como suspeito.

— Pode ser verdadeiro? — Gregory perguntou apontando para o papel.

— Talvez. Vamos ter que analisar o documento para ter certeza.

— Ele está escapando.

— Eu confio nas duas — continuou Jason apontando para Stella e Sara.

O advogado de Edward já havia conseguido uma cópia do boletim de ocorrência e entregara a César que deixou os outros verem.

— Quanto tempo o senhor ficou em Vegas? — Sara perguntou.

— Eu nunca estive lá. Minha arma foi parar lá.

— Mas Sr. Edward, esse boletim foi emitido em Vegas — Stella continuou — é uma notificação de roubo ocorrido lá.

— Bem, er... — ele começou a se confundir ao responder — foi quando eu fez uma escala no aeroporto de lá. Eu não estive em Las Vegas, eu passei por Las vegas.

— E para onde o senhor estava indo?

— Miami. Foram uns férias rápidas que eu tirei com minhas economias antes de vir para Brasil.

— Porque o senhor trabalha fantasiado? — Stella perguntou tentando não rir da própria pergunta.

— Ora, para ficar mais bonito. Eu sempre ficar melhor moreno não acha? — Edward, que exibia cabelos loiros encaracolados deu um pequeno sorriso após falar.

Stella manteve-se séria — a cicatriz também era pra ficar mais bonito?

— As mulheres gostar de histórias sobre cicatrizes. Lojas de brinquedos, muitos mães solteiras... — Edward chegou para trás e cruzou os braços sobre o peito.

— Pena que com sua mudez você não podia falar com elas não é mesmo?

O semblante de Edward mudou instantaneamente para um que mostrava muito desagrado.

— Agora sobre uma coisa mais local. Como você explica esse pedaço de fita vermelha achada em uma cena de crime perto da sua casa, completamente compatível com esse rolo encontrado na sua casa?

— Não explicar. Isso ser um conspiração contra mim!

O advogado de Edward apoiou a mão sobre seu braço para que seu cliente se contivesse. O celular de Stella tremeu dentro de seu bolso. Ela olhou, leu a mensagem e falou ao ouvido de César: — Miriam está ai fora, com os resultados do DNA.

— Vá pegá-los — César sussurrou de volta.

— Com licença — Stella disse se levantando — novas provas — ela sussurrou no ouvido de Sara antes de sair.

A investigadora saiu e fechou a porta atrás de si.

— Oi amiga, estávamos quase ficando sem provas. O que você conseguiu? — Stella perguntou sorrindo.

— O DNA das amostras de sangue do patinete, da parede e do chão, combinou com o DNA do menino. Na navalha, também encontramos o DNA das duas vítimas, o do dono da saliva da sua blusa e dois outros não identificados.

— Nossa, eu vi umas nuances na amostra, mas eu nunca iria imaginar que houvesse 4 doadores nela.

— Não tinha como detectar as amostras só olhando. Eu tive que usar alguns reagentes para enxergar. E a amostra do DNA idêntico ao da saliva, estava próximo ao cabo da navalha, era muito pequena.

— Obrigada Miram.

— De nada amiga — Miriam entregou os resultados e as evidências coletadas — Stella, a saliva é dele, não é? Do assassino.

— Tudo indica Mi, tudo indica — ela respondeu entrando na sala de interrogatório e fechando a porta da sala atrás de si.

— Edward, hoje mais cedo, nós vistoriamos o seu carro com a sua permissão, estou certa? — Stella perguntou.

— Sim — ele respondeu.

— Bom, foram encontrados no seu carro este patinete — ela retirou uma foto que estava entre os arquivos que César havia trazido — você reconhece esse brinquedo?

— Ah, tudo isso ser por causa desse troço. Eu não roubar ele, mas fala pro André levar isso de volta pra loja.

— Você o reconhece então?

— Sim.

— E não estava na caixa quando você diz que pegou ele na loja? — Stella perguntou.

— Eu tirar ele da caixa para ver se estava perfeito.

— Então você admite que você foi o único a encostar nele? — a investigadora continuou.

— Sim, a único.

— Bom. Então você precisa explicar como digitais e sangue de um menino encontrado morto foram parar nele, assim como nessa navalha. — César auxiliando Stella colocou as fotos sobre a mesa — ela foi encontrada dentro do patinete com sangue dos dois meninos mortos brutalmente e de forma semelhante nessa última semana aqui em Juiz de Fora, com o seu sangue e de mais duas vítimas não identificadas.

Stella fez uma pausa e olhando nos olhos de Edward continuou:

— Nós vamos ter que esperar o resultado dos testes dessas amostras não identificadas voltarem de Las Vegas ou você vai nos contar o que aconteceu?

Edward cochichou no ouvido de seu advogado que logo lhe deu a resposta e se pronunciou — meu cliente quer fazer um acordo.

— Claro — disse César — você nos conta o que aconteceu e eu te prometo uma viagem para os Estados Unidos daqui a alguns anos.

Edward cobriu o rosto com as mãos e ficou assim por um tempo, até que soltou os braços sobre a mesa e começou a falar.

— Eu não matar aquelas crianças. Um garoto que se vangloriar por uma conquista em cima do derrota de alguém, já está morto — essa afirmação caiu como uma bomba na sala. Ninguém proferiu uma só palavra. Edward então continuou: — quando minha família sofrer um acidente de carro, meu irmão foi o que mais se machucou. Ele nunca mais conseguir andar, mas eu nunca deixar de acompanhá-lo. Se ele não podia ir a algum lugar, eu não ia, e foi o meu melhor amigo até sua morte. E sabe o que me disseram quando ele morreu? — Edward cerrou o punho sobre a mesa e continuou, — “Deus levar seu irmãozinho para ele não sofrer mais. Devia ser difícil pra ele ver você fazer as coisas e não poder fazer.” Não lembrar quem falou isso, mas Deus estava errado, o meu irmão estar sempre comigo, e fazer tudo o que eu fazer.

— Quantos anos você tinha quando ele morreu? — Stella perguntou.

— Catorze.

— Esses aqui nas fotos são você e seu irmão? — a investigadora continuou mostrando as duas fotos a Edward.

— Sim. Nessa ser antes da acidente — ele disse apontando para uma das fotos — e essa ser depois.

— Bom Edward. Você está preso pelo assassinato de Maurício e Luiz. E ficará sob a custódia brasileira durante o seu julgamento e cumprimento da sua pena. Depois será mandado para os Estados Unidos para responder pelos crimes que você cometeu lá — disse César.

Edward estendeu seus braços em direção ao policial fardado que estava na sala — prende se quiser, mas não acho que fiz nada de errado.

— Onde estão os brinquedos que você pegava das crianças? — Stella perguntou.

— Minha carteira — disse Edward que já tinha suas mãos algemadas. Seu advogado pegou o objeto e entregou para ele, que abriu e tirou um papel de tamanho não muito pequeno com o logotipo do correio marcado nele. Edward arrastou o papel pela mesa até perto da investigadora.

— Você enviou para Las Vegas — Stella entregou o papel para Sara — achei que você só tinha passado por lá.

— É um depósito — disse Sara após ler o endereço — posso ficar com ele?

Edward fez sinal positivo com as mãos indicando que ela poderia ficar com o papel.

— Bem, se estiver bem para todos, eu dou por encerrado o interrogatório — César olhou para os presentes na sala, como não houve manifestações contrárias à sua decisão ele encerrou o interrogatório. — Nos vemos no tribunal Edward — César fez sinal para que o policial levasse Edward para a carceragem e saiu da sala conversando com o advogado.

— Bom trabalho, investigadora. Mais algumas atuações brilhantes como essa e pode ser que tenhamos uma nova integrante na nossa equipe — disse o policial federal trocando um aperto de mão com Stella. — Foi um prazer trabalhar com vocês — disse ele trocando um aperto de mão com Sara e depois com Jason e Gregory que entraram na sala, seguidos por Samara e Renato e saindo logo depois.

— Bom, agora acabou — disse Renato sorrindo.

— No Brasil acho que acabou, mas vai ter que continuar nos Estados Unidos — Stella comentou.

— E nós esperamos contar com você lá para nos ajudar — disse Jason.

Stella sorriu.

— Jason, Anderson e Bradley... — César disse entrando na sala — Obrigado pela ajuda de vocês.

— Nós é que agradecemos. Sem vocês não teríamos prendido esse homem — Jason afirmou trocando um aperto de mão com César — só que eu acho que vou desfalcar a sua equipe — Jason apontou para Stella.

César se virou de frente para ela — você já vai com eles?

— Não César, eu ainda nem confirmei com o Jason.

— Uma oportunidade dessas não deve ser desperdiçada. No que depender de mim você já está lá. Além de fazer bem para a corporação, vai ser uma promoção a sua altura.

Stella sorriu em agradecimento a observação do chefe.

— Investigadores. Eu fiz umas ligações e consegui um avião pra vocês hoje à tarde, saindo de São Paulo. Um jatinho fretado vai levar vocês até lá para que possam pegar o avião.

— Obrigado César — Jason agradeceu e foi acompanhado por acenos de cabeça dos outros dois investigadores.

— Bom, agora temos só uma coisinha. A imprensa pediu uma coletiva para as 13 horas.

Os investigadores não gostaram de ouvir a notícia. Mas tinham a consciência de que deviam comparecer.

— Stella, leve-os a algum restaurante e estejam de volta na hora da coletiva. Use este cartão para pagar a conta — disse César em português, entregando o cartão para ela. Atrás dele havia um papel com uma senha.

— Claro! — respondeu ela ao chefe e se virou para os investigadores — posso convidar vocês para almoçar? — ela disse em inglês.

— Pode ser! — Sara respondeu.

— Boa ideia. — disse Gregory.

Jason apenas sorriu.

— Conheço um muito bom aqui perto. Com opções convencionais e vegetarianas — disse Stella — conheci há pouco tempo.

— Você é vegetariana? — Sara perguntou.

— Ainda não. Estou em transição.

— Uma opção difícil. Mas você não vai se arrepender!

Ambas trocaram sorrisos.

— Então, vamos? — Stella disse por fim. Senão teremos que almoçar correndo.

Os investigadores de Las Vegas saíram da sala sendo seguidos por Stella — Samara e Renato, vocês vêm? — ela perguntou já na porta.

— Não amiga. Hoje vou almoçar na casa da sogra — disse Renato abraçando Samara.

Stella e César sorriram.

— Obrigada César.

— Não há o que agradecer investigadora. O mérito é todo seu!

Stella sorriu e tocou o braço do chefe antes de deixar a sala e seguir para o estacionamento com Jason, Sara e Gregory.

(...)
A coletiva tomou a maior parte da tarde deles e quando terminou já estava na hora do voo. Assim, os investigadores foram levados até o hotel, e em seguida até o aeroporto.

— Bom, então é isso — disse César — muito obrigado pela colaboração de vocês.

— Novamente, nós é que agradecemos — Jason respondeu.

Todos trocaram cumprimentos de despedida.

— Só ficou faltando à motivação do Edward nessa última morte — Jason comentou.

— É, nem sempre conseguimos todas as respostas — disse César — mas este já está fora de circulação.

— É pelo menos isso — Stella concordou.

— Investigadores, — disse César apontando para o jatinho que taxiava na pista — está na hora.

— Parece que sim — Sara concordou.

Eles se despediram — você eu espero ver em breve — disse Jason antes de entrar no avião apontando para Stella.

A investigadora acenou enquanto sorria. Ela e César permaneceram na pista até o avião levantar voo.

— Você quer carona até em casa?

— Não César. Eu vou pegar meu carro no D.P. Ainda tem um lugar onde eu quero ir.

(...)
Stella estacionou o carro em uma rua tranquila e arborizada. Após trancá-lo ela andou dois quarteirões e chegou ao cemitério municipal onde o corpo de Luiz estava sendo velado. Ela não quis se aproximar da família, escolheu um banco de cimento em um ponto alto de onde podia ver tudo de longe. A capela onde estava sendo o velório estava tão cheia que havia muitas pessoas do lado de fora.

Enquanto olhava tudo, algumas imagens, como um flashback, surgiam na mente da investigadora. Eram de Edward e Maurício.

Eu vou vendar seus olhos, você conta até 100, tira a venda e procura sua bola... Se você achar...
— Ganho o saco de balas?
— Muito mais que isso, algo maravilhoso, que seus pais jamais dariam a você.
— Hum, eu quero.

Edward termina de amarrar a venda.

— Só uma pergunta... Porque mesmo você ganhou essa bola?
— Porque sou o novo capitão do time de futebol.
— E porque você conquistou essa posição?

Mauricio sorri. A lâmina da navalha que Edward segura brilha com o reflexo dos últimos raios de sol.

— Porque o idiota do antigo capitão quebrou a perna, alguns colegas queriam adiar o jogo, mas eu convenci eles pra não fazer isso.

Mauricio sorri novamente. Edward balança a cabeça em sinal de afirmação.

— Comece a contar meu garoto...

De repente as pessoas começaram a entrar na capela. E, minutos mais tarde, o caixão com o corpo de Luiz era arrastado sobre um carrinho entre os túmulos do cemitério. De novo imagens vinham à mente de Stella.

Luiz andava de patinete pelo parque do museu quando de repente caiu. Edward, que já o estava seguindo há algum tempo, aparece para ajudar.
— Machucou garoto?
— Não. Estou bem!
— Venha comigo. Eu ajudo a cuidar disso.
— Eu não posso conversar com estranhos.
— Você não se lembra de mim? Da loja de brinquedos hoje mais cedo.

Por último, da capela onde o corpo de Luiz era velado, uma mulher, visivelmente abalada, saiu amparada por outra, e ao lado delas um garoto de aparentemente 12 anos era empurrado em sua cadeira de rodas por um homem que tentava conter as lágrimas que insistiam em cair. Stella se aproximou dele.

— Meus sentimentos — o homem parou. Ele e o garoto olharam para ela — meu nome é Stella, eu trabalho com a polícia civil...

— Precisamos conversar agora? — o homem perguntou.

— Vocês são da família?

— Eu sou o pai do Luiz, ele é o irmão — o homem tocou suavemente o ombro do garoto na cadeira de rodas — elas são mãe e tia dele — ele terminou apontando para as duas mulheres que estavam um pouco afastadas.

— Não haverá necessidade de depoimento, senhor. Nós já prendemos o homem que fez isso com o seu filho.

— Muito obrigado! De verdade! — o homem esboçou um sorriso.

— Não precisa agradecer. É o meu trabalho — Stella trocou um aperto de mão com o homem, e se dirigiu para a saída do cemitério.

— Ah, claro que me lembro de você. Até que enfim eu ganhei alguma coisa. Depois do acidente com o meu irmão, parece que só existe ele naquela casa.
— Você quer ganhar uma coisa realmente legal?
— Como o que?
— Ah, não posso falar, mas eu trabalho numa loja de brinquedos, não é? Confia em mim?
— Tá! Tudo bem! Queria ver a cara do encadeirado do meu irmão. Ele vive me atrapalhando a fazer as coisas que eu gosto. Agora chegou minha vez de acabar com isso.
— Você tem toda razão Luiz. Agora feche os olhos e me dê a sua mão.

Stella sentou-se atrás do volante, pegou seu celular e começou a digitar uma mensagem. Em algum lugar longe dali, dentro do avião, Jason a recebeu e comunicou aos outros o seu conteúdo.

— Stella descobriu a motivação do último assassinato. O Luiz tinha um irmão paraplégico, — Sara e Gregory acenaram com a cabeça, concordando com a descoberta feita. — E nós teremos em breve mais uma integrante na equipe — disse ele sorrindo. Sara e Gregory sorriram de volta.

- FIM -

A versão atualizada dessa história está bem melhor do que essa graças às minhas técnicas de escrita que foram melhorando com o tempo e a prática. No entanto, quis deixar essa versão da história aqui até mesmo como um registro da minha evolução no processo de escrita. Espero ainda continuar melhorando. Mesmo assim, espero que vocês tenham gostado da aventura.

17 comentários:

  1. Peguei o fim!!! ouwwww
    vou tentar arrumar um tempinho p/ ler
    completinho ;)

    vc quem escreve?

    Adorei o blog, já tó seguindo ^^
    passa lá e comenta sempre q quiser ok?
    eu vou amar ;)

    http://falleninme.blogspot.com/

    PatyScarcella

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    1. Oi! ^^
      Que bom que você gostou!!
      Sim, eu mesma que escrevo. Além de amar ler, não sei viver sem escrever. Tenho ideias a todo tempo e preciso "botar pra fora"... rsrs

      Okay!!
      Eu e a Lana já estamos seguindo seu blog!!
      Prometo passar por lá e comentar!!

      Beijusssss;

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  2. Eu acho tão legal quem escreve!
    eu não tenho essa criatividade ;(
    Eu já tentei uma vez e foi desastre rsrsrs

    Vc e a Lana serão sempre bem-vindas lá viu?

    Agente já postou lá, quer ler? http://falleninme.blogspot.com/ desde já obrigada!
    - Paty

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    1. Mas escrever é um exercício diário. Igual malhação. Não pode parar. Depois de um tempo o que parecia impossível vai ficando cada vez mais fácil! ^^

      Obrigada!! Direi à ela!! ^^

      Passarei por lá!!
      Beijusss;

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  3. Passei horas lendo e relendo o que já tinha lido rs. E continua sempre colocando pra fora suas ideias viu. Preciso fazer isso.

    Um beijão.

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    1. Hihi...
      Que bom que você curtiu! De novo!!
      Verdade!! Eu apoio!!

      Beijussss;

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  4. Wow... Eu li o final e não aguentei acabei de ler toda a história...
    amei muito mesmo... e estou seguindo o teu blog =]]

    Beijos.
    #Resenha falada.

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    1. Que bom que você gostou!!
      Fico feliz!! :)

      Já passei no seu blog e estou seguindo também! Deixei um comentário lá!!

      Beijusss;

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  5. oie...
    Amei esse capitulo final!
    Obg pela visita lá no blog!
    tem resenha nova se vc quiser ir lá e deixar um coment...
    http://falleninme.blogspot.com
    Bjão

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  6. Olá.
    Seu blog é realmente muito bom,assunto interessante e muito bem escrito,parabéns.
    Uma ótima semana pra você !

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    1. Obrigada! :D
      Que bom que você gostou!!

      Uma ótima semana pra vc também!!
      Beijussss;

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  7. Olaa!
    Gostei muito do blog, e do que li aqui - estou seguindo.

    Selene Blanchard
    Bacio,Moda & eu

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  8. Oi Helaina!

    Agora entendo por que você tem um blog com o nome "mente hipercriativa", rs rs. Sua imaginação é ótima, parabéns mesmo! Gostei da história, e da forma que você trata os personagens. Dá para se identificar com eles e até criar uma certa conexão com todos. É claro que gostei mais da Laina, rs.

    Eu percebi que sua escrita melhorou demais desde que você escreveu esse conto. Legal!! Continue assim! Eu quero publicar meus contos também, tenho tantos pela metade... você deve entender, rs.

    Abraços!

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  9. Oi Helaina.

    Eu tentei postar um comentário mas estava logado na conta da minha esposa, então apareceu como Livia Nunes, mas era eu! hahaha!

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    Respostas
    1. Oi! ^^
      Hahahaha... okay!

      Muito obrigada! :D Fico feliz que você tenha gostado!
      Acho que eu capricho bem nos personagens mais principais...porque será?? Hahahahaha....

      É muito bom saber disso! Considerando que esse conto foi publicado em 2012 (e escrito em 2009) é bom saber que eu estou melhorando. Seria péssimo se fosse o contrário! rsrs...
      Com esses contos espero que quando for lançar um livro consiga escrever melhor ainda!

      Com certeza eu entendo! Nada mais difícil do que "obrigar" as estórias a sair da cabeça!

      Abraços!

      Excluir

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