Quando pensamos em professor, nos lembramos
de ensinar, e os primeiros professores de nossas vidas com certeza são nossos
pais. Com eles aprendemos a andar, falar e seus exemplos e palavras nos ensinam
o que devemos ou não fazer. Os pais nem sempre estão certos, mas mesmo errando
conseguem nos passar valiosas lições.
Os primeiros professores que temos fora de
casa são os do maternal. Não me lembro de muito dessa época, só de um cheiro inesquecível
de massa de modelar, lápis de cor e tinta guache. Foi com elas que desenhei minhas primeiras
histórias e aprendi o formato de cada letra.
No primário consolidei minha ferramenta mais
preciosa. A leitura. Com ela somos capazes de ir atrás do conhecimento e
deixamos de ser passivos em relação ao aprender. Tornamo-nos um pouco
professores.
Acho que não tem lugar que eu sinta mais
falta do que a escola. O bom é que eu não sinto isso apenas agora. Sempre dei valor
à minha vida de estudante e aproveitei com prazer cada minuto. Acordar cedo, aprender
muito nas aulas, ter deveres de casa, provas (okay, essas eu não gostava tanto
assim) era muito bom e eu já temia a hora em que isso tudo iria acabar.
Ainda criança, eu tive contato com um grupo
de professores que ampliou ainda mais meu universo. Estava aprendendo as
primeiras sentenças em português quando passei a aprender um segundo idioma: o
inglês. Dizem que é mais fácil consolidar um idioma quando o aprende ainda na
infância. Talvez seja, mas como não testei outra forma não posso avaliar com
certeza.
À medida que crescemos, alguns professores
nos parecem mais com amigos do que com instrutores. Vamos passando da infância
para a adolescência e são eles, que passam horas conosco, tornam-se capazes de
perceber a sutil diferença entre um mau humor ocasional e um problema real.
Nos meus tempos de escola, sempre fomos
bagunceiros, eu falava (e ainda falo) pelos cotovelos, mas graças a Deus, e à
disciplina do colégio onde estudei, nunca presenciei nenhuma agressão aos nossos
mestres. Um ou outro aluno podia exagerar com uma resposta mais ríspida, mas
era logo corrigido e admitia o erro pedindo desculpas à turma e ao professor.
Tirávamos vocês do sério, mas sabíamos a hora
de parar. Se fosse pedido com jeitinho, claro! Vocês desculpam a gente? É que o
saber empolga tanto que fica difícil não ficar agitado!
Mas não é só na escola que temos professores. Na verdade eles nem precisam ser pessoas reais. Quantos personagens foram capazes de ser educadores tão amáveis como os professores de carne e osso. Professor Tibúrcio, que fez parte da infância de muita gente, o professor Girafales, (sem nos esquecermos da aula do ‘seu’ Madruga), o Beakman, que foi quem me levou para a ciência, os professores de Hogwarts (meus preferidos Minerva McGonagall e Remus Lupin) e tantos outros que foram professores porque foram instrutores e de alguma forma também amigos.
Ensinar é uma arte. Tenho pena dos alunos que
não percebem o valor desses artistas. Que acham a escola uma perda de tempo só
porque não veem as pessoas usando no seu dia a dia o que aprenderam nas aulas
de matemática, física, química ou nem mesmo as de português. O objetivo não é
apenas ensinar os tópicos das disciplinas. Mas sim ensinar a pensar. A usar
essa massa que vem dentro do seu crânio e que na infância e adolescência está
preparada e esperando para ser exercitada ao máximo para que possa trabalhar
com perfeição pelo resto da vida.
Meu muito obrigado a todos vocês. Não seria
quem sou sem essas pessoas maravilhosas que saem de suas casas cedo pela manhã
com um único objetivo. Compartilhar o saber. E quão nobre e altruísta é essa
ação. Infelizmente no Brasil só se lembram do professor no dia de hoje, mas
tenham a certeza que, assim como eu, muitos alunos levam vocês sempre em suas
memórias e em seus corações!
- Helaina Carvalho
Parabéns a todos eles, que sempre nos mostraram um mundo novo.
ResponderExcluirwww.iasmincruz.com
Sim! Sem eles o mundo seria completamente sem graça! :)
ExcluirE sem sentido!
Beijusss;
Faço eco a suas palavras!
ResponderExcluirEu diria que meu professor maior foi meu pai mesmo. Até mesmo por que ele trabalha como professor, rs. Minha mãe também, em igual escala.
Meu segundo maior professor foi a vida. Diferente de você, nunca vi amigos nos professores. Nunca os vi como inimigos também, mas jamais tive ligação maior com eles. Minhas relações com professores foram sempre restritas a aluno-professor e professor-aluno. Mas a vida é diferente.
Mas isso é outra história... : )
Minha mãe é uma grande professora minha mesmo! :)
ExcluirMeu pai também ensina muito! Sempre me mostrando com exemplos o que não se deve fazer..rsrs...
Eu sempre fui difícil de me interessar pelas mesmas coisas que as outras pessoas da minha idade, então era com os adultos quem eu mais me identificava. Por isso sempre tive a maioria dos meus professores como amigos!
Abraços;