Quando pensamos em professor, nos lembramos
de ensinar, e os primeiros professores de nossas vidas com certeza são nossos
pais. Com eles aprendemos a andar, falar e seus exemplos e palavras nos ensinam
o que devemos ou não fazer. Os pais nem sempre estão certos, mas mesmo errando
conseguem nos passar valiosas lições.
Os primeiros professores que temos fora de
casa são os do maternal. Não me lembro de muito dessa época, só de um cheiro inesquecível
de massa de modelar, lápis de cor e tinta guache. Foi com elas que desenhei minhas primeiras
histórias e aprendi o formato de cada letra.
No primário consolidei minha ferramenta mais
preciosa. A leitura. Com ela somos capazes de ir atrás do conhecimento e
deixamos de ser passivos em relação ao aprender. Tornamo-nos um pouco
professores.
Acho que não tem lugar que eu sinta mais
falta do que a escola. O bom é que eu não sinto isso apenas agora. Sempre dei valor
à minha vida de estudante e aproveitei com prazer cada minuto. Acordar cedo, aprender
muito nas aulas, ter deveres de casa, provas (okay, essas eu não gostava tanto
assim) era muito bom e eu já temia a hora em que isso tudo iria acabar.
Ainda criança, eu tive contato com um grupo
de professores que ampliou ainda mais meu universo. Estava aprendendo as
primeiras sentenças em português quando passei a aprender um segundo idioma: o
inglês. Dizem que é mais fácil consolidar um idioma quando o aprende ainda na
infância. Talvez seja, mas como não testei outra forma não posso avaliar com
certeza.