Esconde-Esconde (Parte 2)

Esconde - Esconde

Da equipe de investigadores de Las Vegas que chegou para trabalhar no caso faziam parte Sara Bradley e Gregory Anderson, encarregados pelo caso nos Estados Unidos, e Jason Goodman, supervisor deles. Os três chegaram em um jatinho no qual tinham embarcado em São Paulo. César, ao contrário do jeans e camisa que usava normalmente, agora usava terno e gravata.

— Sejam bem vindos a Juiz de Fora — ele disse em um inglês enferrujado estendendo a mão para Jason, um homem alto, de aparência séria e poucos cabelos grisalhos entre seus cabelos castanhos.

Esconde-Esconde (Parte 1)

Atualização (01/06/2022): Às vezes é difícil decidir se escrevo uma fanfic, e aproveito o hype de um filme ou série para divulgar minha escrita. Foi mais ou menos o que aconteceu com essa história. Começou como uma fanfic, precisei converter em autoral para publicar aqui no blog, e acabei revisando e publicando como fanfic no Wattpad. Essa série de postagens que eu dividi em 5 partes são os “rascunhos” originais da minha primeira aventura com romance policial. Quem quiser ler, fique à vontade, mas considero a versão disponível no Wattpad muito melhor escrita. Não deixem de conferir:

Começar a ler

Esconde - Esconde

(Parte 01 de 05)

O trabalho da polícia nunca para, e aquela fria manhã de inverno não seria diferente. Por volta das sete horas, os investigadores Stella Castro Rios, uma mulher de 24 anos, altura mediana, cabelos pretos que desciam até o meio das suas costas e olhos castanhos e Renato Santos com 29 anos, alto, cabelo castanho, lisos e curtos e olhos azuis, esperavam por sua colega, a também investigadora Samara Medina. Ela havia ido até a sala do chefe deles, César Alves, buscar as informações sobre o próximo caso no qual eles trabalhariam. Eles estavam no prédio de uma das sedes da Policia Civil em Juiz de Fora, onde trabalhavam. Após pegar o envelope, Samara seguiu apressadamente para sua sala onde encontraria seu namorado e sua amiga a esperando.

Meu verdadeiro País das Maravilhas

O país dos sonhos não tem nome nem é limitado geograficamente, mas ele existe, disso tenho certeza, só precisamos encontrá-lo, como Sophie encontrou o dela.

O telefone toca.
— Alô — atende a mãe de Sophie.
— Mãe! Oi!
— Oi! Tudo bem com você, filha?
— Tudo ótimo, mãe! E com você?
— Estou bem, mas estou com saudade...
— Ahh... Desculpe-me por não estar aí com você.
— Não se preocupe com isso. Você está feliz?
— Muito, mãe!
— Como são as coisas aí?
— Maravilhosas, mãe! Aqui não faz o calor que fazia aí em casa e outro dia até nevou. Ah, e as pessoas! São tão agradáveis. Tenho vários amigos, mas eles não ficam me convidando para festas todo final de semana. Ao invés disso nos reunimos na segunda-feira na hora do almoço para comentar sobre os livros que lemos no final de semana ou dos filmes que assistimos. Algumas vezes vamos todos juntos ao cinema. E, ah, mãe, como as pessoas aqui são educadas. Ninguém ouve música alta demais para não perturbar os outros, mas por mim podiam ouvir. Todos aqui gostam de música clássica ou das trilhar sonoras instrumentais dos filmes. Algumas vezes eles ouvem rock também. Aqui não preciso me preocupar com meus ouvidos — Sophie sorriu.
— Você conseguiu um lugar para morar?
— Consegui sim, mãe! É um apartamento bem pequeno, mas como estou morando sozinha, não tem problema. Tem um quarto, banheiro, cozinha e uma sala com estantes repletas de livros. Muitos deles presentes dos meus amigos.
— E o coração? Como está?
— Cheio de felicidade, claro!
— Então você está namorando?
— Ai, mãe, não. Mas tenho meus amigos, os livros, liberdade...
— Mas você sempre tudo isso aqui, não teve?
Sophie ficou calada por alguns instantes. Precisava pensar na resposta. Não queria magoar a mãe que além de parecer não conhecer muito bem a vida que a filha levava antes, nunca tinha percebido o quanto ela era infeliz, fazendo um enorme esforço para se levantar da cama todas as manhãs e ainda assim agradecendo a Deus a vida que tinha.
— Sempre tive mãe. A diferença é que antes tudo isso estava preso dentro dos livros, agora está livre do lado de fora.
— Filha...
— Sim mãe.
— Quando você volta pra casa?
Parece que a mãe de Sophie não tinha ouvido uma palavra sequer da conversa ou não queria aceitar o que ouvira.
— Um dia mãe. Prometo que eu volto.
— Te amo filha.
— Também Te amo mãe.
Sophie desligou o telefone. Soltou um grande suspiro. Sentou-se na poltrona da sala e abriu um livro.

Feliz 2012!


O ano normalmente começa com uma sensação de esperança, de renovação. Não sei como será esse ano, nem o que esperar dele, mas posso rezar e desejar para todos nós um 2012 maravilhoso. E que quando chegarmos ao fim deste ano estejamos todos com o coração tranquilo e a certeza de que fizemos a diferença. Sejam em grandes ou pequenas coisas.

Feliz Ano Novo a todos vocês!!

Helaina Carvalho Crisóstomo

Aparência

Que péssimo, — ela praguejou em seus pensamentos. — Bem hoje eu tinha que ficar sem internet e acabar nesse lugar.

As 20 máquinas do infocentro comunitário estavam ocupadas, por isso ela precisou esperar ao lado da porta. Sobre cada uma das cinco longas mesas de madeira, havia quatro computadores com cadeiras de plástico em frente aos equipamentos.

Mariana achava ruim usar aquele lugar porque os usuários que o frequentavam aparentemente desconheciam por completo o significado da palavra comunitário e deixavam os computadores em péssimo estado ignorando que outras pessoas poderiam usá-lo.
 
Vários cartazes colados nas paredes com as normas de utilização aparentemente eram negligenciados. Esse fato foi comprovado por Mariana quando finalmente se sentou em frente a uma máquina recém-desocupada e constatou que o garoto que a utilizara havia feito um ninho de papel de bala em volta do teclado. Ela suspirou enquanto recolhia os papeizinhos para jogá-los no lixo.

Uma menina na máquina ao lado dela, que usava fones de ouvido com uma música alta tocando, sorriu em meio a um deboche enquanto estourava uma bola de chiclete na frente do rosto e colocava a goma novamente dentro da boca com os dedos para continuar mastigando.

Antes de começar sua busca, Mariana checou seus e-mails, seus perfis nas redes sociais, que nunca deixava de atualizar diariamente, e acabou se distraindo e esquecendo o objetivo que a levara até ali. Quando distanciou seus olhos por um instante do monitor, tomou um susto ao perceber quanto tempo havia passado.

A tarde havia dado lugar ao escuro da noite, e os frequentadores do infocentro começaram a mudar. Um arrepio que começou na base da coluna de Mariana logo se espalhou pelo seu corpo. Sua boca ficou seca e seus batimentos cardíacos aceleraram.

Ao seu lado não estava mais a menina mastigadora de chiclete, mas sim um homem cujo rosto ela não conseguia ver por causa do imenso capuz que compunha o agasalho que ele usava mesmo com o calor que fazia.

Na fileira de computadores logo à sua frente, um homem alto de cabelos brancos e despenteados acessava uma página cheia de fotos de animais sendo torturados.

O pânico estava tomando conta de Mariana e o desejo de ir embora dali surgiu como uma voz impossível de ignorar em seu subconsciente.

A necessidade de fazer a pesquisa a segurava ali, mas ao ver uma senhora sentada no computador ao seu lado olhando um site com fotos de moças e rapazes seminus com aparentemente a mesma idade de Mariana, a fez levantar e sair daquele lugar correndo sem querer olhar para trás.

(...)
Meia hora mais tarde, o homem que estava de casaco com capuz, pegou seus livros e foi para a aula. Mesmo com a febre causada por conta da sinusite que o havia acometido, ele não perdia um só dia. Era a sua única chance de conseguir finalmente passar no vestibular.

O homem alto de cabelos brancos e despenteados enviava freneticamente e-mails a todos os seus amigos e divulgava nas redes sociais dados sobre uma famosa grife de roupas que estava usando peles de animais em suas confecções tentando iniciar uma campanha contra ela.

A mulher continuava com os olhos no site que hospedava as fotos de moças e rapazes seminus. Ela havia recebido uma informação de que seu filho, que havia sido sequestrado alguns meses atrás, estava sendo obrigado a se prostituir em outro país em troca de moradia e alimento. A polícia estava sem esperanças de conseguir encontrá-lo, mas ela nunca desistira.

Mariana chegou em casa decepcionada por ter perdido tempo nas redes sociais e acabado não fazendo a pesquisa que tanto precisava. Teria que usar toda a sua criatividade para encontrar uma solução para o problema que tinha nas mãos. Precisaria descobrir sozinha, a melhor maneira para se livrar do cadáver de seu vizinho sem deixar rastros.

 ...
"Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera aparência."

[Poema] Além do que se enxerga

Não existe melhor estimulante do que a imaginação.
Não importa quanto café você tome,
nada pode te deixar mais desperto
do que imaginar um mundo
e criar personagens para habitá-lo.

Deus criou o mundo,
e ao final descansou,
porque é impossível
dormir em meio ao processo criativo.

Dar-lhes vida,
e certa quantidade de livre-arbítrio
para conseguir contar sua história
pode te manter acordado por horas.

Uma dádiva e uma maldição,
uma bênção e um desalento.
A única coisa que nunca conseguirei imaginar,
é como é possível viver em um só mundo,
absolutamente real e tangível.

Ensino enquanto crio,
mas também aprendo.
É um dom de poder incalculável,
que exige todo o cuidado
sendo muita força necessária para controlá-lo.

Seria muito perigoso,
se algo saísse do controle,
ou caísse em mãos mal intencionadas.

Pois, por trás de cada palavra,
há segredos individuais.
Diferentes para quem as escreve,
Diferentes para quem as lê,
Diferentes para quem as ignora.
Helaina - 13/10/2011

[Poema] Weird

I'm not different
I'm like the others
I'm a equal
She keep repeating to herself. Alone. In her world.

Why I have to be so different.
Or is the others that combined to be so look alike?