Uma campanha publicitária sugeriu
há um tempo que algumas mulheres se descrevessem para um desenhista e ele faria
um retrato delas como se descreveram. Depois era pedido a outra pessoa, que havia
tido um breve contato esta que já fora desenhada, para descrevê-la e assim
produzir uma nova gravura. Ao final do experimento a pessoa era apresentada aos
dois desenhos. E eles eram completamente diferentes.
O objetivo da campanha era passar
a ideia de que as mulheres são mais bonitas do que se veem, mas minha opinião é
que a beleza não é algo que seja pontual e mensurável, na verdade ela depende
dos olhos de quem vê.
A pessoa que se descreve conhece
todas as suas qualidades e defeitos e às vezes se fixa mais nos defeitos porque
é o que ela deseja mudar. Já quem descreve uma pessoa que acabou de conhecer
talvez não tenha dado atenção ao que é feio naquele rosto ou talvez nem tenha
achado feio. A beleza é subjetiva.
Passamos por várias situações na
vida. Boas e ruins e quando construímos nossa opinião, tudo isso conta. Apesar
de não sermos iguais somos bastante parecidos, e em nossa memória estão
gravadas, além das nossas experiências, as características das pessoas que
estiveram presentes (ou não) naquele momento. Esse conjunto de informações
influencia sua opinião sobre o que é bonito e o que é feio. E não só quando estamos
falando sobre pessoas. Um acontecimento desagradável em algum lugar pode fazer
com que não gostemos de determinadas paisagens ou objetos. Essas preferências
são armazenadas pelo nosso cérebro sem que tomemos uma decisão consciente em
fazê-lo.